Falcão debuta o novo Inter em cenário perfeito: Beira-Rio e jogo decisivo

tarde deste sábado tem um personagem em Porto Alegre. Paulo Roberto Falcão começa sua segunda passagem como técnico do Inter e terá todos os holofotes. O técnico vai pôr em campo pela primeira vez seu time, com mudanças na escalação e formação, em relação à equipe de Celso Roth. O jogo é decisivo, contra o Santa Cruz, valendo vaga na semifinal da Taça Farroupilha. E acontece no palco onde o eterno camisa cinco brilhou na década de 1970.

A partir das 18h30min, os colorados verão um time em campo sem Índio, mas com Rafael Sóbis. E D’Alessandro sendo mais fundamental ainda. O gringo é a chave para a mescla dos esquemas 4-4-2 e 4-3-3. Com a bola, o camisa 10 vira atacante. Sem ela, compõe uma linha no meio-campo. Igual as formações tradicionais na Inglaterra. Sem losango, nem nada. Quatro jogadores, lado a lado.

Meios para que Falcão alcance sua meta, de ser campeão e fazer história como técnico: fazer do Inter um time que jogue com alegria e leveza. Para tanto, o comandante fechou as primeiras atividades, não dando chance para que suas ideias fossem espalhadas aos quatro ventos.

“Eu estou conhecendo um grupo de jogadores. Tenho que criar uma sintonia de trabalho, para que a gente possa se entender. É muito pouco tempo. Para criar a sintonia, tive que pensar metade do tempo. Evidente que vocês queriam filmar e eu queria esconder. Não que tenha surpresa, mas apenas por intimidade com eles”, argumentou o ex-jogador.

Falcão reconhece que está encontrando dificuldades com a retomada na carreira de técnico. Mas nada de muito preocupante. A primeira é saber lidar com o grande número de informação. Oriundo de todas as partes do clube. A outra é controlar a ansiedade.


“Estou tentando priorizar o jogo contra o Santa Cruz, que é um adversário que joga firme. Com marcação forte. Claro que eu penso no jogo da Libertadores. É difícil se concentrar no primeiro jogo e não pensar no Emelec. São duas decisões. Mas estou focando nesses dois jogos. Sei que não tem milagre, acho que vocês também sabem”, comentou.

No Santa Cruz, o técnico Edson Porto tem duas baixas. Cristiano, lesionado, e Xipote, lesionado. Vainer e Vinícius são alternativas. E Márcio Gaúcho entra na equipe, para Uilian jogar mais atrás.

Porto também colabora para um clima diferente, esperando por Falcão. “Ele é um conhecedor de futebol, um dos maiores ídolos do clube, e espero que ele consiga fazer tudo o que ele quer. Acho que ele consegue colocar as ideias em prática, mas só depois de jogar com o Santa Cruz”, descontraiu o técnico da equipe do interior.