Falha na linha de acionamento impediu implosão do Mané Garrincha, diz empresa

O Mané Garrincha não foi totalmente implodido no último domingo por conta de uma falha na linha de acionamento das bombas. A explicação é do Consórcio Brasília 2014, empresa responsável pelo estádio da capital federal que receberá a Copa do Mundo.


“Foi constatado que houve interrupção na linha de acionamento (cordel detonante) dos explosivos. Apenas parte deles foi detonada. Embora não seja comum, em todo tipo de descalçamento [termo técnico para a demolição] dessa magnitude existe a probabilidade de interrupção na detonação”, disse a empresa, em nota oficial.

A operação foi realizada na tarde do último domingo. Após duas tentativas de demolição, parte da estrutura do Mané Garrincha seguiu de pé. Agora, não há data definida para que a operação volte a ser realizada.

“O Consórcio concluirá sua vistoria e análise dos procedimentos, junto aos técnicos contratados, nesta segunda-feira, quando será divulgada a nova data para a conclusão do descalçamento, que acontecerá com a maior brevidade possível”, disse a empresa.

O consórcio ainda se defendeu, dizendo que todos os procedimentos de segurança necessários foram respeitados.

O fracasso na demolição acontece justamente em um momento favorável a Brasília na organização da Copa de 2014. Candidata a sede da abertura da competição, a capital federal viu São Paulo, grande favorita ao posto, ser excluída da Copa das Confederações de 2013.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Fifa aumentou sua pressão sobre São Paulo. Brasília, neste cenário, teria aumentado suas chances na briga para receber a abertura da Copa do Mundo.

Além de Brasília e São Paulo, Belo Horizonte e Salvador também pleiteiam a condição de sede da abertura da Copa. De todas elas, somente a capital paulistana não vai receber a Copa das Confederações.

Porto Alegre e Rio de Janeiro, que receberá a final no Maracanã reformado, completam a lista de sedes do principal evento-teste para 2014.