Política de contratações celeste divide opiniões de ex-craques

27.12.07 |
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Apostar na manutenção da base do time que conquistou a classificação para a Libertadores nesta temporada e contratar atletas de pouca expressão, mas que são conhecidos e têm a confiança do treinador Adilson Batista. Esta foi, até agora, a fórmula que a diretoria do Cruzeiro encontrou para conseguir "driblar" o déficit, proveniente da frustração de vendas de jogadores, que renderiam R$ 25 milhões aos cofres do clube, e montar um time competitivo.

Essa política de contratações adotada pela diretoria do Cruzeiro divide as opiniões de três ex-jogadores do clube, que atuaram em épocas distintas. Careca, Evaldo e Eduardo Amorim, todos de características ofensivas, quando jogavam, têm expectativas distintas quanto ao futuro cruzeirense na Libertadores.

Careca, meia-atacante que atuou pelo Cruzeiro na década de 80, gostou da "aposta" da diretoria para a próxima temporada e acredita que o time mineiro conquistará bons frutos com este novo pensamento. "Acho que a diretoria está certa. Tem mesmo que contratar estes jogadores mais desconhecidos. O futebol tem tido uma queda técnica e estes jogadores junto com a base do Cruzeiro podem dar muito certo. Estou muito confiante", comentou.

O ex-jogador gostou também da contratação de Adilson Batista para comandar a equipe na próxima temporada. Segundo Careca, o treinador apesar de ser pouco conhecido tem muito talento e é um ex-atleta do clube. "A torcida não gostou muito da contratação do Adilson. Mas eu achei que foi boa. Sempre que tem que contratar um técnico são sempre os mesmo nomes. Mas desta vez a diretoria inovou e trouxe um bom treinador que é esperto e capacitado e tenho certeza que vai montar um grande time", avaliou.

Opinião parecida tem o ex-jogador Eduardo Amorim, que vive há sete anos na Grécia treinando equipes menos conhecidas daquele país. Segundo ele, Adilson Batista enfrentará situação semelhante à vivida por ele quando começou a sua carreira de treinador. "Eu passei por isso também. O Adilson vai viver a mesma situação de pressão e de desconfiança que vivi quando peguei o meu primeiro trabalho. Mas é normal", comentou.

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