Cartunista Edmar Viana morre vítima de insuficiência cardíaca

O cartunista e jornalista Edmar Viana, 52, morreu na noite desta terça-feira (25), por volta das 20h30, vítima de uma insuficiência cardíaca. Há 60 dias, o jornalista sofreu uma parada cardíaca. Desde então, esteve internado em coma no Natal Hospital Center. Durante as primeiras semanas, Edmar Viana apresentou melhoras gradativas frente ao estado grave de saúde. Reagiu bem aos medicamentos, respondeu aos estímulos provocados pelos médicos e abriu os olhos. Nas últimas três semanas, ele foi acometido de uma infecção generalizada e o estado ainda grave, ficou pior. "Mas ele nunca desistiu. Sempre demonstrou muita vontade de viver'', disse a mulher do chargista, Iracema Viana. O velório ocorre durante o dia nesta quarta-feira (26) no Parque Morada da Paz, em Emaús. O enterro também será lá e está marcado para as 17h.

O corpo de Edmar Viana foi encaminhado ao Morada da Paz ainda durante a noite desta terça. No Hospital, alguns amigos permaneceram até perto das 23 horas. Alguns foram companheiros de Edmar Viana há mais de três décadas. O jornalista Everaldo Lopes já era quase veterano quando assistiu um garoto de 17 anos entrar na redação do Diário de Natal como chargista, para editar o texto do editor de Esportes. "Tímido, simples, sem muita conversa e sem muito explicar''. Daquele momento se passou 35 anos de companhia profissional e pessoal. Segundo Everaldo, Edmar era um torcedor inveterado do Alecrim Futebol Clube (do qual foi presidente) e do Fluminense, do Rio de Janeiro. "Era mais do Fluminense'', ressalta o jornalista.

Muitos do amigos presentes no Hospital são companheiros-foliões de Edmar Viana. É que o chargista, jornalista e diretor de Comunicação da Cosern também foi fundador de bloco carnavalesco. Há quatro anos ele e outros amigos jogaram nas ruas de Ponta Negra o bloco Poetas, Carecas, Bruxas e Lobisomens. O ex-vereador Hugo Manso participou do time de fundadores e conhece Edmar desde o tempo do Cartão Amarelo. "Edmar só aparentava timidez. Ele foi um grande gozador. A palavra de ordem dele era `Diga a¡, rapaziada'. Tomei muitos camparis com ele. Isso há mais de dois anos, até ele descobrir a diabetes e passou a uma vida regrada''. Como afirmou Hugo Manso, o jornalista mudou os há bitos e procurou enfrentar a doença desde sempre. Mas nunca mudou seu jeito de ser, nem se abateu. "Desde sempre se mostrou forte''.

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