Hepatite ameaça o elenco do Internacional

Um surto de hepatite A ameaça afastar vários jogadores do Internacional. O clube gaúcho confirmou ontem que o volante Maycon está internado num hospital de Porto Alegre com a doença.

E também informou que os goleiros Renan e Muriel, o volante Edinho e o meia Ramón estão com sintomas e ficarão em suas casas, em observação, nos próximos dias. O fotógrafo Alexandre Lopes, que trabalha para o Internacional, também enfrentou a doença, ficou alguns dias internado e já teve alta.

Os jogadores que estiverem infectados ficarão parados por três semanas, sem fazer qualquer esforço. Quando voltarem, terão de se submeter a trabalhos físicos especiais, como se estivessem em pré-temporada.

A hepatite A é uma infecção do fígado, menos perigosa que a dos tipos B e C. O tratamento combate apenas os sintomas, como febre, fadiga, mal-estar, perda de apetite, náuseas, vômitos e diarréia e exige um tempo de repouso.

Em condições adequadas, a pessoa infectada se recupera num prazo de 30 a 60 dias. Como a transmissão ocorre pela ingestão de água ou comida contaminadas por resíduos fecais, a Vigilância Sanitária e o próprio Internacional começaram a revisar todo o sistema de abastecimento de água e de fornecimento de refeições do Beira-Rio.

Não é certo, no entanto, que o surto tenha origem no estádio. É possível que um ou mais jogadores ou funcionários tenham contraído o vírus em viagens ou até em suas casas. Além de investigar a origem do surto de hepatite, o Internacional começou a vacinar os atletas que não foram infectados e nem possuem os anticorpos de defesa.

Jonas, Gil, Adriano e familiares de Maycon e Renan foram ao Beira Rio receber a imunização ontem. O médico Paulo Rabello disse que os jogadores que não estão em observação já se submeteram a exames e não correm perigo de contrair a doença.

Também reiterou que o afastamento de Magrão e Iarley do jogo contra a Chapecoense, no último dia 19 de março, foi conseqüência de uma virose e não de hepatite.