Enquanto decide a hora certo do retorno, Leonardo aponta caminhos para o Fla

25.12.08 | Marcadores:
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Se o retorno de Zico ao Flamengo para se tornar presidente do clube surge praticamente como uma utopia diante dos projetos do ídolo como treinador, o nome de Leonardo surge como consenso entre ídolos do passado e torcedores como o ideal para trazer o clube para o Século XXI. Entre críticas a atual diretoria e declarações inconformadas sobre a situação atual do Rubro-Negro, o próprio Galinho de Quintino levantou o nome do ex-lateral-esquerdo como salvador e ganhou o apoio de Júnior.

Presente no "Jogos das Estrelas", no Maracanã, terça-feira, Leonardo reiterou mais uma vez o projeto de vida de uma dia assumir a presidência do clube do coração. Mas mostrou descrença com a situação política atual do Flamengo. Se há cerca de um mês o dirigente do Milan disse que o momento de "voltar estava chegando", agora Leo já coloca com condição uma reforma no formato de gestão atual. Porém, ele não parou nas críticas e deu uma aula sobre o assunto a Marcio Braga, Kleber Leite e cia.

Com o apoio de Júnior e Zico, chegou a hora de voltar para o Brasil e participar das eleições para a presidência do Flamengo em 2009?
- Sinceramente, acho que não é a questão de um nome ou uma pessoa para resolver o problema do Flamengo. A questão é estrutural. O clube tem uma estrutura criada há 100 anos se hoje ela não comporta mais. É necessário uma gestão independente da política do clube, que é prejudicial, com certeza. Para mudar algumas coisa, é necessário mudar critérios e pessoas também. Só não sei quando isso vai acontecer. Mas é mais do que necessário. O clube é uma associação formada por membros que elegem um presidente a cada três anos. Isso é muito difícil de ser mudado, mas prejudica o clube.

A solução para esta mudança, então, seria dar autonomia ao futebol transformando-o em empresa? Quais os benefícios imediatos dessa mudança?


- Sou Flamengo e sou dirigente de clube. Vivo há seis anos nesse meio e há 20 no futebol. Para mim, isso tudo é muito claro. Precisa ter uma gestão completamente independente. Sempre as mesmas pessoas estão no clube. Eles deviam ser os pilotos de uma transformação. São lideranças que estão sempre em oposição e isso engessa. Quando a empresa está falida financeiramente, é preciso aportar capital. Para isso, só se mudar a estrutura. Não podemos viver de parcerias que resolvem coisas pequenas.

Diante do cenário político atual, crê em uma mudança imediata? Acredita que as pessoas que estão lá atualmente podem ser responsáveis pelo pontapé inicial dessa mudança?

- Não adianta ficar criticando, criticando, criticando... É preciso tomar uma atitude política para que o clube mude. Só quem está dentro pode tomar esse caminho. Eles precisam também se unir, o que não são atualmente. Nada é aprovado assim.

Ainda assim, a falta de credibilidade somada às más gestões anteriores podem atrapalhar este processo? Um nome como o seu não seria fundamental para esse voto de confiança?

- A oportunidade é para o clube, não para mim. Eu não tenho essa pretensão de achar que eu vou mudar tudo. Essa estrutura destrói qualquer presidente. Temos que encontrar parceiros, que só vão apoiar se as pessoas que estão lá saírem. Há casos de mudar estrutura ou pessoas, nesse caso são os dois.

O apelo de novos nomes, como o seu, com o torcedor fariam até mesmo com que ele se aproximasse e colaborasse com esse projeto de renovação...

- O Flamengo é de quem? Se a gente prega que é da nação, que é popular, porque não abre e vê o que eles querem fazer para mudar o clube? É difícil atualmente até mesmo fazer parcerias. Tem que abrir o clube para as pessoas.

Diante do fatos, não te seduz tocar este projeto, assumir como presidente e ser responsável por esta mudança?

- Há uma gestão muito enraizada no Flamengo. Não é um presidente que consegue mudar isso. A gente pode apresentar um projeto, mas dificilmente é aprovado. Para fazer a mudança, é preciso ceder poder. Sem isso, não dá para empreender. Nessa estrutura, eu não me vejo. Mas, sim, em um processo de mudança.

globo

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