Perto do tri, Marta rejeita comparação com Beckham

12.1.09 | Marcadores:
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A festa de gala da Fifa, em Zurique, na Suíça, já não é novidade para ela, que teve o privilégio de ser eleita a melhor do mundo por duas vezes. Mas nada que tire a ansiedade da atacante Marta para a cerimônia desta segunda-feira, quando poderá ser tricampeã do prêmio, se superar a brasileira Cristiane, a inglesa Kelly Smith e as alemãs Nadine Angerer e Birgit Prinz.

Novidade na carreira dela é mesmo o desafio que terá pela frente neste ano, trocando o Umea, da Suécia, pelo Los Angeles Sol, da nova liga americana. Seu empresário, Fabiano Farah, já confirmou o acordo, mas Marta prefere a cautela enquanto não sai o anúncio oficial.

Antes de embarcar para a Europa, a jogadora falou ao jornal O Dia, rejeitando as constantes comparações com o inglês David Beckham, que é jogador do Los Angeles Galaxy (emprestado ao Milan), e abrindo mão de qualquer badalação extracampo: "meu negócio é jogar futebol".

Confira a entrevista na íntegra:

O Dia - Depois de ter sido eleita duas vezes a melhor do mundo, ainda bate uma ansiedade pela premiação?
Marta - Agora, ainda estou tranqüila. Mas a ansiedade fica mais forte quando estou em Zurique e sinto todo o clima da festa. É natural, nada que eu não tenha passado ainda. Mas rola uma ansiedade, sim.

O Dia - Acha que o seu desempenho em 2008 a credencia para ganhar o título pelo terceiro ano seguido?
Marta - Não vejo nada pelo lado negativo, não. Vejo pelo lado positivo. O ano passado não foi 100% em termos de campeonato, porque perdemos a final olímpica. É complicado, são cinco jogadoras na final e a disputa é acirrada. Prefiro até não falar muito. Para mim, o que vier é lucro. Mas estou otimista, sim.

O Dia - Como você analisa suas rivais nesta final?
Marta - Todas as quatro são boas jogadoras. Já havia dito que eu gosto do futebol da Kelly (a inglesa Kelly Smith), que está entre as cinco, mesmo não tendo jogado a Olimpíada. A Cristiane também é outra grande jogadora.

O Dia - O Umea, seu clube na Suécia, já encerrou a negociação com você, e seu empresário já recebeu a minuta do seu contrato com o Los Angeles Sol. Como você está encarando esse desafio de jogar nos EUA?
Marta - Acho que, nesta semana, vou poder falar melhor sobre isso. Eu tinha duas opções. Uma, era continuar na Suécia, onde eu já moro há cinco anos e teria uma facilidade maior. A outra, nos Estados Unidos, confirmada a minha ida para lá, será um novo desafio, porque vou começar tudo de novo, como se eu estivesse indo para a Suécia pela primeira vez.

O Dia - Já se acostumou às comparações com David Beckham, que também jogou em Los Angeles?
Marta - Temos características diferentes. Acho que o pessoal compara porque ele é uma grande estrela e foi muito badalado quando foi para os Estados Unidos.

O Dia - E você assume essa posição de estrela?
Marta - Não tem nada a ver. Meu negócio é jogar futebol. Não sou atriz nem modelo (risos).

O Dia - No ano passado, você fez a dobradinha brasileira no prêmio com o Kaká. Está preparada para ter a companhia do português Cristiano Ronaldo desta vez?
Marta - O Cristiano Ronaldo está vivendo realmente um grande momento na carreira e, por tudo o que fez no ano passado, é o favorito mesmo, desta vez.

O Dia - Mesmo com a perda do ouro em Pequim, você faz um balanço positivo da temporada de 2008?
Marta - Sim, claro. Fomos mais uma vez a uma final olímpica, fui campeã na Suécia e ajudei minha equipe a chegar a uma semifinal da Copa da Uefa.

O Dia - Outro momento marcante foi o Jogo contra a Pobreza em que você substituiu o Ronaldo...
Marta - Foi histórico mesmo, a primeira vez em que uma mulher participou de um jogo com omens de alto nível, com destaque internacional.

O Dia - E o que esperar de 2009?
Marta - Em relação à Seleção, não dá para falar, porque não sei o que vai acontecer, quais jogos e quais amistosos vamos disputar, se vamos ter o Sul-Americano neste ano ou no próximo... No clube, o meu objetivo é conquistar títulos.

O Dia - Já domina bem o inglês?
Marta - Falo algumas palavrinhas e entendo outras (risos). Mas vou ter que estudar, assim como fiz com o idioma sueco, quando fui para o Umea.

O Dia -Do que você vai sentir saudade da vida na Suécia?
Marta - Não sei, acho que na Suécia é mais tranqüilo. A mídia está sempre em cima, mas, pelo fato de eu morar lá há cinco anos, já estão acostumados com a minha presença. Nos Estados Unidos, vai ser tudo novo para mim.

O Dia - Quando o presidente do Fluminense, Roberto Horcades, declarou que as mulheres, com apenas dois neurônios, tinham conquistado a prata olímpica em Atenas, você preferiu não se pronunciar. Qual sua posição hoje?
Marta - Isso aí já é passado. Estamos em 2009 e quero falar só de coisas boas.

O Dia

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