FH: 'Deus me coroou com o perdão'

13.2.09 | Marcadores:
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Do inferno ao céu, vilão e herói, anjo e demônio. Os torcedores do Fluminense estão mais do que acostumados a todos esses clichês quando se trata de Fernando Henrique. Mas o goleiro superou todos os limites nesta quinta-feira ao protagonizar uma das jornadas mais incríveis já vistas em uma partida de futebol, na vitória por 2 a 1 do Tricolor sobre o Americano.

Querido por uns, principalmente após o seu ótimo desempenho na Libertadores, criticado por outros tricolores, que o tacham no mínimo de irregular, o dono da camisa 1 do Flu via o seu time vencer o Americano, em Campos, por 1 a 0. Então, aos 35 minutos da etapa final, ele socou um adversário dentro da área, após sair para cortar um cruzamento.

Pênalti que Éberson bateu e converteu, deixando tudo igual. Para sorte do goleiro e do próprio Fluminense, o árbitro Lenílton Rodrigues aplicou somente o amarelo, quando o correto seria o cartão vermelho. O prejuízo certamente seria ainda maior, pois o time das Laranjeiras ia ficar com um a menos. E ainda teria que escalar um jogador de linha na meta, pois já tinha realizado as três substituições.

Não satisfeito, o arqueiro tricolor ainda protagonizaria mais uma cena de pastelão. Após cometer a penalidade, ele esbravejou com o juiz:

- Eu não fiz nada!

Porém, minutos depois, ele se traiu ao olhar para trás e perguntar ao operador de câmera do canal Premiere se a sua agressão havia sido registrada. Diante da resposta positiva, FH fez apenas um muxoxo.

Mas os Deuses do futebol não tinham abandonado o goleiro: Ainda havia tempo para FH, mais uma vez ele, interferir no placar e salvar o Flu da eliminação precoce na Taça Guanabara. Aos 47 minutos, córner para o time das Laranjeiras. Fernando Henrique se aventurou na área e, após rebatida, foi atingido com um chute nos peitos por Paulo Henrique, que tentava cortar a bola com uma bicicleta.

Pênalti assinalado, Conca correu e marcou. Vitória do Tricolor, que pulou da sexta para a terceira colocação na classificação, já que antes da partida começar o Vasco perdera seis pontos no TJD, por ter escalado um jogador irregularmente.
Consciente da sua epopeia, FH fez festa e média com a torcida após o apito final. Mas foi sincero, ao menos.

- Fui infantil e admito isso. Não deveria ter feito aquilo e por pouco não prejudiquei minha equipe - disse ele, uma vez que o técnico René Simões já havia feito as três substituições. - Deus me coroou com o perdão, e se Ele decidiu assim, é porque estou mesmo perdoado.

Antes de descer para o vestiário, FH ainda lembrou de prestar homenagem a quem lhe dá força.

- Isso tudo só me fortalece, por isso gostaria de agradecer à minha família, que está sempre ao meu lado, e a todos aqueles que vêm me apoiando todo esse tempo.

E a torcida tricolor? Agradece ou reclama? Aplaude ou vaia? Talvez o melhor mesmo seja fazer um pouco de cada, já que FH é o goleiro dos clichês: anjo e demônio, herói e bandido, aquele que vai do inferno ao céu em apenas 12 minutos.
globo

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