O manual técnico da Fifa deixa claro que as pistas de corrida em volta do campo atrapalham os espectadores. A recomendação foi reiterada durante a visita dos inspetores aos possíveis locais da Copa de 2014 no Brasil, e acendeu um alerta não só nos dirigentes do atletismo nacional, mas também na Associação das Federações Internacionais (IAAF).
![]() Ilustração do manual da Fifa mostra a distância máxima do do campo para o espectador em amarelo, e a ideal, em azul |
![]() No projeto da reforma do Estádio do Mangueirão, a pista de atletismo vai ficar em segundo plano e não terá investimento |
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o Departamento de Mídia da Fifa não confirmou essa tendência e esclareceu que a decisão de construir ou não uma pista deverá ser do responsável pelo estádio: "O proprietário, seja governo ou empresa privada, deve decidir se quer ter uma pista de atletismo. Portanto, a Fifa vai deixar essa decisão a critério de cada um".
Por outro lado, a cartilha produzida pela Fifa e intitulada "Exigências e Recomendações Técnicas para Estádios de Futebol" deixa claro, no capítulo "Estádios Multi-Funcionais", que "tornar o campo consideravelmente maior para outro esporte ou adicionar uma pista ao seu redor pode resultar em perda para os espectadores de futebol e reduzir a emoção, o sentimento de participação e o envolvimento com o jogo".
"Para acomodar esses diferentes usos, é importante alterar o estádio sem causar impacto negativo sobre o seu principal objetivo, o futebol", acrescenta o manual, que admite o uso dos estádios para outros fins, como shows e festivais, "para melhorar a viabilidade financeira" das arenas.
Alguns projetos para a Copa de 2014 já deixam o atletismo em segundo plano, de acordo com o manual da entidade. É o caso de Brasília, onde o estádio Mané Garrincha deverá perder a sua pista com o projeto de reforma visando o Mundial. Outras obras, como a Arena Recife-Olinda, já foram planejadas sem o atletismo.
Já o Mangueirão, em Belém, está confirmado como sede do Grande Prêmio Brasil de Atletismo, no dia 24 de maio, e não pretende destruir a atual estrutura. "Durante a visita, os inspetores não fizeram nenhuma objeção ao fato do Mangueirão ter a pista de atletismo, então não vejo nenhum tipo de empecilho para que Belém seja escolhida como uma das sedes", explicou a coordenadora do Grupo de Trabalho da Copa 2014 no Pará, Lúcia Penedo.
Entretanto, Lúcia não descarta a retirada da pista do estádio, caso a Fifa se manifeste contra. "Espaço é o que não falta para construirmos outra pista fora do Mangueirão, se isso for uma condição", disse a coordenadora, acrescentando que o projeto de reforma para se adaptar às exigências da entidade prevê um investimento de US$ 90 milhões, que não abrange a estrutura destinada ao atletismo.
Por outro lado, a cartilha produzida pela Fifa e intitulada "Exigências e Recomendações Técnicas para Estádios de Futebol" deixa claro, no capítulo "Estádios Multi-Funcionais", que "tornar o campo consideravelmente maior para outro esporte ou adicionar uma pista ao seu redor pode resultar em perda para os espectadores de futebol e reduzir a emoção, o sentimento de participação e o envolvimento com o jogo".
"Para acomodar esses diferentes usos, é importante alterar o estádio sem causar impacto negativo sobre o seu principal objetivo, o futebol", acrescenta o manual, que admite o uso dos estádios para outros fins, como shows e festivais, "para melhorar a viabilidade financeira" das arenas.
Alguns projetos para a Copa de 2014 já deixam o atletismo em segundo plano, de acordo com o manual da entidade. É o caso de Brasília, onde o estádio Mané Garrincha deverá perder a sua pista com o projeto de reforma visando o Mundial. Outras obras, como a Arena Recife-Olinda, já foram planejadas sem o atletismo.
Já o Mangueirão, em Belém, está confirmado como sede do Grande Prêmio Brasil de Atletismo, no dia 24 de maio, e não pretende destruir a atual estrutura. "Durante a visita, os inspetores não fizeram nenhuma objeção ao fato do Mangueirão ter a pista de atletismo, então não vejo nenhum tipo de empecilho para que Belém seja escolhida como uma das sedes", explicou a coordenadora do Grupo de Trabalho da Copa 2014 no Pará, Lúcia Penedo.
Entretanto, Lúcia não descarta a retirada da pista do estádio, caso a Fifa se manifeste contra. "Espaço é o que não falta para construirmos outra pista fora do Mangueirão, se isso for uma condição", disse a coordenadora, acrescentando que o projeto de reforma para se adaptar às exigências da entidade prevê um investimento de US$ 90 milhões, que não abrange a estrutura destinada ao atletismo.
![]() Presidente da IAAF, Lamine Diack (esq.) foi até a Suíça conversar com o líder da Fifa, Joseph Blatter, sobre pistas nos estádios |
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O Mangueirão é tido pelo presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Roberto Gesta de Mello, como um dos três estádios brasileiros que podem receber uma competição de atletismo. Além dele, o Engenhão, no Rio de Janeiro, também está pronto para sediar os dois esportes. O dirigente lembra que o Pinheirão, em Curitiba, atende às exigências, mas está abandonado.
Sabendo da recomendação da Fifa, Gesta fez um alerta para a Associação das Federações Internacionais (IAAF). "Uma pista não prejudica em nada o futebol. Sabemos que os estádios no mundo inteiro são construídos pelo poder público, então não é razoável que o governo invista em um uma modalidade só", reclamou o dirigente brasileiro.
A preocupação de Gesta foi levada pelo presidente da IAAF, Lamine Diack, até Zurique, sede da Fifa. Diack se encontrou com o líder da entidade máxima do futebol, Joseph Blatter, para debater o assunto.
"Fui para conversar sobre a questão da gestão de pistas nos estádios, que vem causando preocupação. Se um estádio foi construído por uma autoridade local, não deve ser restrito a apenas um desporto. Penso que temos de coexistir como temos feito até agora", declarou Diack ao site oficial da Fifa, que não divulgou nenhuma declaração do presidente Blatter sobre o encontro.
uol
Sabendo da recomendação da Fifa, Gesta fez um alerta para a Associação das Federações Internacionais (IAAF). "Uma pista não prejudica em nada o futebol. Sabemos que os estádios no mundo inteiro são construídos pelo poder público, então não é razoável que o governo invista em um uma modalidade só", reclamou o dirigente brasileiro.
A preocupação de Gesta foi levada pelo presidente da IAAF, Lamine Diack, até Zurique, sede da Fifa. Diack se encontrou com o líder da entidade máxima do futebol, Joseph Blatter, para debater o assunto.
"Fui para conversar sobre a questão da gestão de pistas nos estádios, que vem causando preocupação. Se um estádio foi construído por uma autoridade local, não deve ser restrito a apenas um desporto. Penso que temos de coexistir como temos feito até agora", declarou Diack ao site oficial da Fifa, que não divulgou nenhuma declaração do presidente Blatter sobre o encontro.
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