Para esclarecer caso de racismo, Maxi López e Elicarlos param na delegacia

25.6.09 | Marcadores:
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Após a partida entre Cruzeiro e Grêmio, pelo primeiro confronto da semifinal da Taça Libertadores da América, vencida pela equipe mineira pelo placar de 3 a 1, o clima ficou tenso. Tudo porque o lateral Elicarlos, do time mineiro, acusou o atacante argentino Maxi López, da equipe gaúcha, de racismo e registrou ocorrência na delegacia adjunta ao estádio do Mineirão. O argentino negou, alegando que não conhece o termo 'macaco', enquanto o jogador celeste sustentou a acusação. Durante o jogo, houve um bate-boca entre os dois. O meio-campo Wagner, do Cruzeiro, chegou a tomar as dores de seu companheiro.

Maxi López é conduzido à delegacia adjunta ao estádio do Mineirão para prestar depoimento

Dois policiais civis foram até a saída do vestiário do Grêmio para procurar o atacante Maxi López. No entanto, o argentino já havia entrado no ônibus que conduziu a delegação tricolor até o estádio. O clima ficou tenso. Enquanto os policiais tentavam entrar para tirar o atacante, seguranças, dirigentes e conselheiros do Grêmio impediam, gerando discussão e empurra-empurra. Um dos policiais chegou até a puxar uma arma para um dos seguranças do clube gaúcho, conhecido como Fernandão.

Foi feito, então, um cordão de isolamento, mas enquanto Maxi López não saiu do ônibus, os policiais não sossegaram:

- A princípio o ônibus está retido. Tem um jogador envolvido em uma ocorrência e vamos aguardar – disse um dos policiais.

O presidente do Grêmio, Duda Kroeff, estava indignado com a situação:

- Foi forjada uma queixa, para perturbar. São os Perrella, velhas raposas – desabafou, acusando a diretoria do Cruzeiro.

O impasse permaneceu até que toda a delegação tricolor desceu do ônibus e voltou para o vestiário. Em seguida, todos partiram para a delegacia. Os jogadores Maxi López e Elicarlos, que estava acompanhado de Benecy Queiroz, supervisor de futebol, e Guilherme Mendes, diretor de comunicação do Cruzeiro, ficaram diante da delegada responsável pelo caso, Roseli Baeta Neves. Os demais jogadores do Grêmio testemunharam a favor do argentino. Não houve acareação, apenas depoimentos individuais. Maxi López foi liberado após o depoimento e poderá voltar para Porto Alegre com a delegação do Grêmio na manhã desta quinta-feira.

Diante de todos os jogadores do Grêmio, Elicarlos reiterou que foi chamado de 'macaco' pelo centroavante argentino, que negou. Cerca de 20 minutos mais tarde, a delegação do Grêmio deixou a delegacia e voltou para o ônibus. No caminho, o técnico Paulo Autuori desabafou:

- Nós já vimos isso em São Paulo, e não deu em nada. Todo mundo sabe que isso não dá em nada. Temos que nos preocupar com coisas mais sérias. Todo dia existe racismo, vamos acabar com essa hipocrisia. Quero falar de futebol - finalizou, citando o caso do argentino Leandro Desabato, que se envolveu em episódio semelhante com o atacante Grafite, na partida entre São Paulo e Quilmes pela Libertadores de 2005.

globo

2 Comentários sobre “Para esclarecer caso de racismo, Maxi López e Elicarlos param na delegacia”

Anônimo disse...

AVISA PARA O "SANGUE AZUL" MAXI LOPEZ QUE O RAMIRES ESTÁ CHEGANDO DA AFRICA E VAI JOGAR A SEGUNDA PARTIDA EM PORTO ALEGRE!!!
EMERSON ROQUE

Larissa, Porto Alegre disse...

E vc avisa ao Delicarlos que se ele quiser aparecer mais da próxima vez que jogue melhor, ao invés de inventar história.
PS-Chamar de argentino filhodaputa, bambi, viado, branquela, pode. Chamar de macaco leva pra DP.
Ou seja, o preconceito está na cabeça de quem ouve. E sim, Delicarlos, prova primeiro. Do contrário fico com a palavra do Maxi Lopez, que é um gentleman, gente boa mesmo!

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