Andrade, no Flamengo, e Adílson, no Cruzeiro, vivem tranquilidade perigosa

29.12.09 | Marcadores:
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Flamengo e Cruzeiro têm um ponto em comum no início de 2010. Aparentemente está tudo tranquilo para os lados da Gávea, do atual campeão brasileiro. O mesmo acontece com o time cruzeirense, classificado para a Taça Libertadores após ótima arrancada no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Quem conhece bem os dois clubes e suas torcidas, no entanto, sabe que essa paz pode durar pouco.

Washington Alves/VIPCOMMFoto por Washington Alves/VIPCOMM
Adilson Batista colocou o Cruzeiro na Copa Libertadores da América na última rodada do Brasileirão e fez as pazes com a torcida da Raposa

Patricia Amorim teve de enfrentar os homens do futebol do Flamengo para garantir o técnico Andrade. O vice Marcos Braz não aceitava pagar 15 vezes mais o salário que o treinador recebia no meio do ano. Mas Patricia o enfrentou dizendo que ele não era auxiliar-técnico e sim o técnico campeão brasileiro.

O fruto da difícil negociação de renovação do seu contrato não foi favorável. Se Andrade tem o dinheiro, trouxe uma pressão exagerada ao seu trabalho. O Flamengo irá disputar a Libertadores com a obrigação de ir longe. Muito longe. A ponto de seu auxiliar Rogério, ex-treinador da seleção brasileira sub-20, ter sido imposto por Braz. Se bobear, Andrade sabe que será colocado na rua.

Para ter a chance de vencer a Libertadores, o técnico está rezando para que o empresário Gilmar Rinaldi não volte com uma grande proposta por Adriano. O medo da diretoria rubro-negra é uma proposta milionária do West Ham. Bem maior do que Milan e Roma estão oferecendo. Petkovic e os companheiros precisam de Adriano. Andrade já pediu a Patricia um plano B.

Se ficar sem Adriano, Denis Marques não é um jogador que chegue aos pés do atacante da seleção. E pediu algo talvez até mais difícil: que o clube não atrase salários. Ele sabe que os reflexos serão imediatos no time. A presidente não pôde prometer. A situação de Andrade é complicadíssima e vai precisar novamente que os deuses façam jogadores superarem seus limites e que a torcida carregue o time nas costas. Como aconteceu no Brasileiro.


Adilson Baptista está quietinho no seu canto. Mas sabe que terá uma enorme cobrança a superar. O presidente Zezé Perrella enfrentou a torcida e a imprensa para mantê-lo no cargo. Mesmo tendo perdido a Libertadores em casa. A diretoria reformulou o time em pleno Brasileiro. Mesmo assim, Adilson conseguiu o que parecia impossível: revitalizou os atletas e conseguiu a vaga para a Libertadores de 2010. O retorno foi impressionante, desbancando o badalado Palmeiras. Aquietou Kléber e conseguiu bons reforços.

Ele sabe que vencer o Mineiro do próximo ano será especial. Derrotar o Atlético-MG de Luxemburgo lhe daria um gás interessante para a Libertadores. E o tratará de fazer. Zezé já falou a ele para não ficar tão preocupado com o Estadual, mas Adílson é esperto. Sabe que o elenco que tem nas mãos é suficiente para vencer o Mineiro e fazer um ótimo papel na competição sul-americana.

- Nós aprendemos muito com a Libertadores deste ano. O vice-campeonato serviu para amadurecer muita gente. Principalmente eu.

Ele sabe que precisará de jogadores de mais personalidade e vivência. E os indicou. Ele considera Kléber Pereira fundamental. Não pode deixar a responsabilidade do ataque cruzeirense toda com o genioso Kléber. Adílson tem a certeza: sua permanência na Toca da Raposa dependerá demais do desempenho do time no
primeiro semestre. Já começará o ano pressionado.

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