Corinthians repete estratégia de 2006 no centenário

Em 2006, o Corinthians aproveitou a base do time campeão brasileiro do ano anterior, contratou alguns reforços e montou uma equipe que tinha a obrigação de ganhar, principalmente, a Copa Libertadores. As estrelas daquele ano eram os argentinos Tevez e Mascherano, além de Nilmar, Roger, Carlos Alberto, Ricardinho e Gustavo Nery.

Para 2010, a fórmula é a mesma. Embora tenha mantido a base do time campeão do Paulista e da Copa do Brasil de 2009, com Ronaldo, Elias, Dentinho e William, entre outros, o clube está contratando reforços consagrados, que chegam ao clube com a missão de levar a equipe à conquista da Libertadores, título mais cobiçado pela torcida corintiana. Para isso, já foram apresentados até agora o volante Ralf e o meia Tcheco. Nesta semana devem chegar Danilo, Roberto Carlos, Iarley e mais um zagueiro, ainda indefinido.

Só que a receita de montar um supertime para ganhar o sonhado torneio continental não deu certo da primeira vez. Naquele ano, o Corinthians foi eliminado do torneio logo nas oitavas de final, após perder duas vezes para o River Plate, da Argentina.

Dará certo agora? Será que a equipe que está sendo montada para a comemoração dos cem anos do clube é mais forte do que aquela que há quatro anos fracassou na tentativa de vencer a Libertadores? Qual é melhor: a de 2006, formada basicamente por jogadores jovens, e sem experiência em competições internacionais, ou a do centenário, que tem atletas experientes e acostumados a disputar títulos importantes e decisões? A resposta só será dada ao longo da temporada, dentro de campo.

Se há três anos atrás coube, primeiro a Antonio Lopes - que foi demitido logo no começo da temporada -, e depois a Ademar Braga, comandar a equipe. Agora é Mano Menezes que terá a missão de levar o supertime corintiano às conquistas no ano mais importante de sua história.

Investimento

Além da questão da experiência, o Corinthians de 2010 será diferente do de 2006 quando o assunto é a estratégia traçada para contratar os reforços.

Há quatro anos o Timão se cercou de um parceiro forte, a MSI, para trazer jogadores de nome. Agora, a diretoria corintiana tem apostado no marketing [verba de patrocínio, principalmente] para conseguir pagar o salário dos atletas. A fórmula, que já deu certo com Ronaldo, deve ser repetida com outros medalhões.

A receita do time do Parque São Jorge também cresceu no último ano com a venda de ingressos. O clube encareceu as entradas e já avisou que a política deve ser mantida em 2010, ano do centenário.