A invasão de campo e a transformação do Estádio Couto Pereira em verdadeiro palco de guerra, no dia 6 de dezembro, após o último jogo pela Série A do Campeonato Brasileiro, saiu tão caro para o Coritiba quanto o rebaixamento para a segunda divisão.
O clube foi punido por unanimidade com perda de 30 mandos e multa de R$ 610 mil em julgamento realizado nesta terça-feira, pela segunda comissão disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Antes, a direção coritibana teve indeferido um pedido de adiar a decisão. Mesmo assim, ainda vai recorrer do resultado, mas o processo deve ser julgado apenas em janeiro ou fevereiro do próximo ano.
A decisão é histórica e o clube terá de cumprir a pena em jogos de competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ou seja, apenas nas partidas da Copa do Brasil e Série B, excluindo da suspensão as partidas do Campeonato Paranaense.
Os jogos terão de ser fora de Curitiba, o que inviabiliza o Coritiba de mandar as partidas na Arena da Baixada ou no Durival Brito, estádios de Atlético-PR e Paraná Clube, respectivamente.
Para tentar abrandar a pena, o Coritiba utilizou matérias de televisão que falam da possível premeditação da violência da torcida organizada Império Alviverde e também da manifestação pacífica com o "abraço" ao Couto Pereira, realizado no último domingo por torcedores do clube.
Como testemunhas, o Coritiba teve Reginaldo Cordeiro, presidente da comissão de inspeção aos estádios da Federação Paranaense de Futebol e o coronel Jorge Costa Filho, comandante do policiamento da capital, da Polícia Militar do Paraná.
Mas as medidas não foram suficientes para derrubar os argumentos da procuradoria do STJD que denunciou o clube nos artigos 211, 213 (por três vezes) e 233 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Neste último o Corotiba foi absolvido.
No mesmo julgamento o funcionário do departamento de marketing do Coritiba, Oswaldo Dietrich foi suspenso por 720 dias, pena máxima pedida pelo procurador Paulo Schimitt que o denunciou no artigo 185 II do CBJD.
Oswaldo também responderá criminalmente pela confusão. Ele está preso desde o último sábado, quando foi detido em uma operação especial da Polícia Civil, que deteve outros 14 suspeitos de participação na briga dentro do estádio.
Ainda em julgamento dos fatos ocorridos no jogo do dia 6 de dezembro, pela última rodada do Braisleiro, o Fluminense foi multado em R$ 14 mil por atraso do início da partida, que decretou a sua salvação após reação histórica na reta final.
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