A contratação de Ronaldo, no fim de 2008, caiu como uma bomba bem no meio do futebol brasileiro. Mesmo sem a certeza de que ele faria o que acabou fazendo --golaços, que ajudaram o time a ganhar títulos--, só a chegada do atacante causou impacto gigantesco.
Um ano depois, o Corinthians queria fazer o mesmo. O ano do centenário, planejava a diretoria, seria capitaneado por um craque incontestável, de relevância mundial, com carreira consolidada e cheia de títulos.
Riquelme e até Ronaldinho foram os sonhos (com tentativas concretas de negociação) para ocupar tal vaga de destaque, ao lado de Ronaldo. Mas, sem conseguir nenhum dos dois, o clube apostou em Roberto Carlos --que, a despeito de também preencher os requisitos citados, já está mais perto do fim que do auge da carreira.
É para ele que hoje, no Parque São Jorge, a diretoria corintiana armou uma festa tão grande como a realizada para a apresentação de Ronaldo.
Tudo o que se espera de uma apresentação à europeia está programado: entrada em campo para receber do presidente a camisa do time com o número 6 e o nome do lateral nas costas, palco montado para embaixadinhas, microfone à disposição para que o veterano declare suas primeiras palavras como corintiano e para os corintianos --as arquibancadas da Fazendinha estarão liberadas.
Até a primeira entrevista coletiva do jogador fará parte do espetáculo. Ela está programada para ser feita dentro do gramado e assistida pelos torcedores e conselheiros. O planos só mudam caso chova durante o espetáculo.
Desde que anunciou oficialmente a contratação de Roberto Carlos, o Corinthians tem feito um grande esforço para que ele seja recebido pela torcida com o mesmo entusiasmo com que Ronaldo foi, na tentativa de transformar o lateral em ídolo corintiano instantâneo.
E, por consequência, em objetivo com grande potencial de exploração de marketing.
Andres Sanchez, presidente do Corinthians, declarou que Roberto Carlos foi "a maior contratação do futebol brasileiro".
Para o atleta, que em abril completará 37 anos, a volta ao Brasil depois de 15 anos jogando fora do país servirá também para tentar uma reconciliação com parte da torcida brasileira.
A última imagem de recordação nacional do lateral-esquerdo é o jogo em que o Brasil foi eliminado pela França, na Copa de 2006. Roberto Carlos entrou para o imaginário popular como o culpado pelo gol de Henry, a quem ele deveria marcar, mas que em vez disso, ele estava "arrumando a meia".
Ainda é uma incógnita se a aposta do Corinthians dará certo e Roberto Carlos conseguirá refazer o caminho de Ronaldo no Corinthians, conquistar a torcida com boas atuações e turbinar os negócios conduzidos pelo departamento de marketing, mas pelo menos nos moldes do acordo, o lateral terá tratamento igual ao atacante.
O jogador ganhará R$ 200 mil mensais --o segundo maior salário do elenco, só atrás do pago ao Fenômeno.
Antes de fechar com o Corinthians, Roberto Carlos negociou com o Santos, time em que dizia querer encerrar a carreira. A proposta santista era mais alta, mas o acordo não foi selado porque Marcelo Teixeira não foi reeleito presidente.
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