O ônibus que transportava a seleção do Togo foi metralhado ao cruzar a fronteira entre Congo e Angola, onde será disputada a Copa Africana de Nações (CAN), e "dois jogadores foram feridos", relatou Thomas Dossevi, um dos atletas, ao canal esportivo francês Infosport.
"Temos dois jogadores feridos. Tínhamos acabado de cruzar a fronteira (entre o Congo e o território de Cabinda, onde o Togo deve disputar suas partidas do Grupo B), e estávamos cercados pela polícia. Tudo estava normal, quando fomos metralhados. Todo mundo tentou se esconder embaixo dos assentos", contou Dossevi.
"A polícia respondeu. Parecia uma guerra. Estamos chocados. Nem queremos mais disputar a CAN. Pensamos nos amigos, nos jogadores feridos", acrescentou.
Dossevi disse que o goleiro Kodjovi Obilalé e o defensor Serge Akapo estão entre os feridos. "Akapo foi baleado nas costas. O encarregado da comunicação também foi ferido, e perdeu muito sangue", afirmou.
"Não temos notícias do Obilalé, ele também sangrava muito. Ser agredido dessa forma por um jogo de futebol não faz sentido", denunciou o jogador.
O Togo devia estrear contra Gana no dia 11 de janeiro em Cabinda.
O território de Cabinda, província angolesa rica em petróleo que fica entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Congo, é assolado por um conflito separatista desde a independência de Angola, em 1975.
Questionado mais cedo pela AFP, o comitê de organização da CAN afirmou que um pneu do ônibus estourou, provocando um movimento de pânico.
2 Comentários sobre “Ônibus da seleção do Togo é metralhado entre Congo e Angola”
Isso mostra que, embora seja positiva a tentativa de colocar a África no mapa, o continente mostra grandes dificuldades para atingir uma patamar mínimo de segurança. Mas é improvável q esse tipo de coisa ocorra na COpa, pois a realidade da África do SUl é muito diferente da de Angola.
Sou Angolano, gostaria que lessem antes de fazerem estes comentários as declarações de PAULO Duarte, técnico Burquinado que também está em Cabinda, cidade onde infelizmente aconteceu o triste incidente. Foi oferecido normas de segurança a todos os clubes e todos acataram menos o Togo, que viajou de carro em África, coisa que não se faz! Mesmo na América do Sul, ninguem iria a muitos países de transporte terrestre, talves até não aceitarão andar pelo Brasil se não houver escolta bem munida, já que foi derrubado até helicóptero.
Voltando ao Togo (Angola), foi-lhes oferecido a vila Olímpica, onde estão os outros e estão seguros, mas eles preferiram ficar num país do lado e viajar de carro. O chefe da FLEC diz que só queria atacar os militares, mas numa festa desse tipo que para um africano como eu, como Drogba, Etoo, ou mesmo político ditador é algo muito importante. É uma grande festa o futebol e isso foi puro terrorismo e só por isso, acho que não devia haver boicote por parte dos Togoleses e têm culpa em parte por não seguirem as normas de segurança. A maior parte destes países já participou em campeonatos de Basquetebol na mesma província e não houve incidente enquanto se seguiu as normas.
Por em risco a copa, devido a esses aproveitadores, questionar o mundial da Africa do Sul é o mesmo que questionar a Copa no Brasil e as olimpíadas, já que é um país que em alguns momentos parece ter dois governos. E posso vos garantir que a África se orgulha por sediarem esses 2 torneios e ama os brasileiros. Agora peço que antes de comentários como a maioria que fossem mais investigativos e tomar partido, ou opinarem em forum como esse desta maneira.
mbanza_congo79@sapo.pt
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