Analisando a Holanda

Nesta sexta-feira teremos pela frente a Holanda e preparei uma análise do rival da Brasil na luta pela vaga nas quartas-de-final da Copa do Mundo. Vou compartilhar com você que acessa o Visão de Jogo.

Em primeiro lugar, percebo que o time comandado por Van Marwijk não inventa muito no plano tático. O que mais chama a atenção nesse aspecto é o posicionamento de Kuyt, que joga como atacante. Ele marca forte, tecnicamente não se destaca, mas se vira. E chega de repente quando menos se espera para finalizar com os pés e também de cabeça, sempre muito perigoso.

O goleiro Stekelenburg está numa fase muito boa e não costuma cometer erros graves como frangos. Mas tem antecedentes de problemas com saídas de bola em cruzamentos e, às vezes, gosta de “bater roupa” em bolas consideradas fáceis. É um bom goleiro.

Um bom caminho para o Brasil chegar ao gol pode ser forçar a bola em cima dos defensores centrais. O Heitinga era lateral e não tem muita técnica. Joga na base da força e o Luis Fabiano tende a levar vantagem no duelo contra ele. Já o Mathijsen se coloca bem, vai muito bem nas bolas altas tanto defensivamente como nas bolas paradas, mas precisa compensar o companheiro. Eles podem se complicar.

De Jong e Van Bommel jogam na frente da zaga fazendo a proteção e Sneijder flutua com liberdade para avançar pelos dois lados. Faz isso muito bem porque é inteligente e sabe o momento certo de aproveitar as brechas tanto nas laterais, como entre os laterais e zagueiros adversários.

Sobre os laterais, Van Der Wil tem muito gás para ir e voltar o tempo todo. E Van Bronckhorst, mais velho, fica um pouco mais. Quando Bronckhorst guarda mais a posição, ele só vai na ótima e deixa o De Wil ir mesmo, já que os cabeças se posicionam bem.

De Jong tem uma pegada firme e sabe jogar, mas faz bastante falta no confronto direto. Ele mostra sempre sinais de irritação quando é driblado e avança pouco. Van Bommel, apesar da idade, está bem fisicamente. Marca um pouco menos que o De Jong e chega para bater de fora da área. Quando acerta é cada pancada !! Tem que evitar dar espaço a ele na intermediaria para impedir esse chute. Sneijder é o termômetro. Se estiver num bom dia, o time vai que vai. Até agora não fez uma grandíssima partida. Mas é perigoso nos lançamentos. O passe é muito bom tanto o curto como longo. O Brasil não pode podemos dar espaço porque o baixinho é danado.

Como o Kuyt está sempre pela direita, há um revezamento com o Robben e Van Persie, que está voltando e a forma não é das melhores, porém, é rápido, sabe trabalhar bem a bola e se entende com o Robben.

Robben é o destaque do time. Está numa fase muito boa chutando de qualquer lugar e é fominha. Não quer nem saber, ele solta a perna! Gosta da caída pela direita para trazer a bola para o meio e bater de canhota. Temos que diminuir o espaço dele, pois esse é que não pode chutar mesmo com o campo aberto. Ele se faz de morto no segundo tempo e de repente acelera a jogada tentando enganar os adversários. Tem duas ou três jogadas combinadas com o Sneijder para tabelas e lançamentos.

Até agora, a Holanda não pegou nenhuma seleção que a incomodasse, mas vale ter atenção. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

com informações do blog visão de jogo junior globo.com