O jogo foi tenso, cheio de brigas, três expulsões e muitas chances desperdiçadas. Todos estes fatores resultaram em um eletrizante empate em 1 a 1 entre Botafogo e Fluminense, neste domingo, no Engenhão. Emerson e Edno anotaram os gols da partida.
Com o resultado, a equipe de General Severiano vai para a zona de rebaixamento, com 12 pontos, na 17 colocação. O time das Laranjeiras, com 23, perdeu a liderança para o Corinthians (que venceu o Guarani) e é o segundo colocado.
Antes da partida, apresentação do meia Maicosuel pelo lado alvinegro. O jogador, que ainda não estreou, teve sua entrevista coletiva transmitida ao vivo no telão do Engenhão. No canto oposto, o dos tricolores, o tom inicial foi dado por cantos de exaltação a Muricy Ramalho. Convidado para assumir a seleção brasileira, o treinador disse ’não’ à CBF. Se sua moral já era alta, foi elevada quase a nível celestial no clube das Laranjeiras.
Em campo, o Fluminense deu indícios de uma atuação fulminante. Mas ficou mesmo no indício e em uma chance clara desperdiçada por Emerson. Dos cinco minutos em diante, foi o Botafogo que tomou as rédeas. Edno, Herrera e Somália fizeram Fernando Henrique trabalhar.
Durante 15 minutos, os alvinegros foram soberanos, mas não balançaram a rede adversária. Da metade do primeiro tempo em diante o Fluuminense melhorou um pouco, se organizou no meio de campo, mas tinha em Belletti, estreante assim como Emerson ‘Sheik‘, um ponto de desequilíbrio. E para o lado negativo. Lento, o badalado ‘curinga’ de Muricy Ramalho errava passes demais, corria de menos.
Na frente, Fred tentava fazer o papel pivô, mas seu parceiro Emerson não contribuía. Do lado oposto, os alvinegros tinham no ‘operário’ Somália uma arma e tanto. O meio-campista, que às vezes ‘quebra um galho’ como lateral, conseguia a façanha de aparecer em todos os lugares do campo. Era visto marcando lá atrás, combatendo e organizando no setor médio e finalizando com perigo na frente.
O segundo tempo começou com um Fluminense mais organizado e um Botafogo à espera dos contra ataques, mas seguro em campo. Só que aos 16 minutos, um lance mudaria o jogo. O goleiro Jefferson saiu jogando errado, Emerson roubou a bola e fez seu primeiro gol pelo Fluminense.
Daí em diante, o jogo ganhou traços de final de campeonato. Primeiro, Somália e Emerson trocaram ofensas, após uma divida dura. Muricy tentou apaziguar e teve o braço empurrado com força pelo meia alvinegro. Mas era só o começo. Pouco depois, Fred sentiu dor na panturrilha e se atirou no gramado. O lateral Marcelo Cordeiro não optou pelo ‘jogo limpo’ e deu prosseguimento ao ataque. Quando a bola parou, Mariano colocou a Mao no pescoço do jogador alvinegro, que se atirou de forma ostensiva ao chão.
A discussão generalizou, encorpou, mas acabou sendo ‘resolvida’ com um cartão amarelo ao lateral do Fluminense. Motivo para Joel Santana ‘soltar os cachorros’ à beira do gramado: “Isso é falta de respeito. Ele foi agredido. Era para cartão vermelho. Vai tomar banho. O juiz não tem peito”, esbravejou o treinador.
Mesmo nervoso, o time alvinegro seguiu melhor em campo. Depois de tanto tentar, empatou com Edno e seguiu pressionando. A virada não veio, mas sobrou atitude. Chances foram criadas e desperdiçadas até os últimos minutos. Antes do apito final, Thiaguinho empurrou o rosto de Marcelo Cordeiro e foi expulso, tornando o clima ainda mais tenso. Pouco depois, Somália fez falta em Mariano e recebeu o segundo amarelo, com o vermelho em sequência. Aos 47, Danny Moraes colocou a Mao na bola e foi mais um a deixar o campo. Ao fim, com brigas e gols perdidos, ficou por isso mesmo. Justo ou não.
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