Dorival Júnior foi demitido na noite da última terça-feira e deu a Vanderlei Luxemburgo um “título” improvável em 2010. Com a saída do técnico do Santos, o comandante do do Atlético-MG, apesar de muito criticado, torna-se o único da elite a manter seu emprego desde o início da temporada.
Todos os outros 19 clubes da primeira divisão mudaram de comando neste ano, por diversos motivos. O Corinthians, por exemplo, só perdeu Mano Menezes para a seleção brasileira.
Fluminense, Botafogo e Guarani ainda não mudaram seus treinadores durante o Campeonato Brasileiro, mas já haviam feito isso no primeiro semestre. O Fluminense demitiu Cuca após o fracasso no Estadual do Rio e trouxe Muricy, que chegou a recusar um convite da seleção brasileira para seguir no clube tricolor.
Já Joel Santana assumiu o Botafogo ainda no primeiro turno do Estadual, após uma goleada por 6 a 0 para o Vasco que derrubou Estevam Soares. Desde então, o time alvinegro cresceu de produção, venceu o torneio fluminense e sonha com uma vaga na próxima Copa Libertadores.
O Guarani, por sua vez, estreou Vagner Mancini na primeira rodada do Brasileirão. O trabalho deu certo, o time campineiro surpreendeu no turno inicial e hoje está na décima colocação, na zona de classificação para a Copa Sul-Americana.
A troca de treinadores é tão intensa que até os grandes paulistas, que notabilizaram-se por alguma estabilidade nos últimos anos, entraram na dança das cadeiras. Pela primeira vez desde 2005, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo mudaram seus técnicos no meio de um Campeonato Brasileiro.
O caso de Mano Menezes é uma exceção, e os outros três demitiram, de fato, seus comandantes. O Palmeiras começou a competição com Antonio Carlos Zago, mandado embora após um entrevero com o atacante Robert. Jorge Parraga assumiu interinamente, mas deu lugar a Luiz Felipe Scolari durante a pausa para a Copa do Mundo.
No São Paulo, Ricardo Gomes não resistiu à pressão criada pela eliminação na Libertadores diante do Inter. Sérgio Baresi ocupou a vaga de forma interina, mas segue no comando pela falta de opções da diretoria.
Dorival Júnior, por fim, sucumbe ao “caso Neymar”, apesar de ter vencido a Copa do Brasil e o Campeonato Paulista no primeiro semestre. Na última terça, o técnico sustentou o afastamento do atacante por indisciplina, desagradando a diretoria. No fim, os cartolas venceram a queda de braço e demitiram Dorival, deixando Luxemburgo como “intocável” solitário.
O status, no entanto, não condiz com a campanha do Atlético-MG no Campeonato Brasileiro. O clube está na 17ª posição da tabela, com 21 pontos ganhos em 23 jogos, é o primeiro na zona de rebaixamento e sofre intensa pressão de torcedores e críticos.
Contratações caras como Diego Souza e Daniel Carvalho ainda não mostraram resultados. Nem mesmo Diego Tardelli e Ricardinho, que já estavam no clube no ano passado, têm apresentado o mesmo rendimento. Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, no entanto, mantém Luxemburgo.
“Já vi cartola jogar trabalho no lixo. Eu fiz um levantamento que, em 20 clubes que foram rebaixados nos últimos cinco anos, 80 treinadores participaram, isso dá uma média de quatro treinadores por clube”, disse Alexandre Kalil na última terça, quando deu os primeiros sinais de incerteza sobre a situação de Luxemburgo.
Nenhum comentário sobre “Após caso Dorival, elite tem só Luxemburgo como técnico intocável em 2010”
Faça seu comentário
BLOG DE ESPORTES COM ATUALIZAÇÕES DIÁRIAS, ABERTO A QUALQUER TIPO DE COMENTÁRIO SOBRE O ESPORTE NACIONAL E INTERNACIONAL, COMENTE SEM POUPAR PALAVRAS. AGRADECE O BLOG DO TORCEDOR.