Na entrevista coletiva após a derrota para o Palmeiras, neste sábado, Silas prometeu cobrança. E o momento exige uma resposta rápida. Faltam 13 rodadas para o fim do Brasileiro e, se o Flamengo repetir o desempenho nas últimas 13, disputará a Série B em 2011.
Considerando 45 pontos o número que garante a salvação do rebaixamento (média entre os que terminaram na 16ª posição nos três anos anteriores), o Flamengo, com 28, precisa somar 17 pontos em 13 jogos, ou seja, precisa de seis pontos a mais do que nas últimas 13 partidas, nas quais somou 11 de 39 disputados, um aproveitamento de 28,2%.
Foram seis derrotas, cinco empates e apenas duas vitórias nas últimas 13 rodadas, com 13 gols pró e 17 contra. Mas o que chama atenção é o declínio da defesa nas últimas partidas. Falhas que a melhora ofensiva não está conseguindo acompanhar. Contra Fluminense, Grêmio e Palmeiras, o Flamengo sofreu oito desses 17 gols, quase a metade. Nesses jogos, o time fez seis gols, empatou duas vezes e perdeu uma.
A situação é muito parecida com a 25ª rodada do Brasileiro de 2005. Naquele ano, a equipe tinha o pior ataque do campeonato, com 27 gols, e somava 27 pontos (apenas um a menos do que o time atual) na zona de rebaixamento. Na época, a diretoria passou a oferecer um prêmio de R$ 3 mil por vitória para cada titular, estratégia repetida na conquista do título em 2009, mas que ainda não foi cogitada este ano.
No campeonato de 2010, o desempenho do ataque é ainda pior, apesar de desta vez estar em quarto lugar na lista dos menos eficientes, com 24 gols. Mas é bom ressaltar: em 2005, o Flamengo terminou a competição com 55 pontos e o Coritiba foi para a Série B com 49 (em 2005 o Brasileiro tinha 22 clubes e, portanto, 42 jogos).
"A curto prazo é repetir, por exemplo, a atuação contra o Grêmio e eu procurar as peças que se encaixam nesse momento. Sofremos três gols de novo, são oito em três jogos, é muito. O torcedor quer ver o time jogando para cima, mas quer ver a disposição do segundo tempo nos 90 minutos", analisa Silas.
"Três jogos por semana é um crime, mas é para todos, não só para o Flamengo. É com esse grupo que vou contar, é essa rapaziada que dará a volta por cima. Então tenho de bater, mas passar também a mão na cabeça pois há coisas boas acontecendo", disse o treinador, que culpa em parte, pela má fase, a impossibilidade de treinar o time com jogos no meio da semana, situação que mudará a partir de 10 de outubro.
Sem descanso
O dilema de Silas é entre poupar jogadores exaustos pela maratona ou priorizar o entrosamento que demora a chegar com reforços, alguns deles fora de forma, contratados no meio da temporada. "A gente precisa ir jogo a jogo, não tem outra forma. Tenho de fazer o que está ao meu alcance", explicou. "Gostaria de poder entrar e jogar também, o lance no primeiro tempo foi pênalti e tudo isso em um momento como esse vem para atrapalhar. Não tenho como hoje manter um entrosamento e rotatividade ao mesmo tempo. Não posso dar descanso e querer entrosamento. É um momento delicado para mim, mas a esperança está muito viva porque a gente vinha em um progresso. Duas vitórias jogarão para trás toda a tristeza de hoje", disse o técnico flamenguista.
O excesso de gols no início dos jogos também é um ponto preocupante. O problema voltou a acontecer diante do Palmeiras, sábado, no Engenhão, e já incomoda os jogadores. Willians deu claros sinais disso: "Precisamos nos dedicar mais, ter mais garra e vontade. Parece que estamos entrando dormindo nos jogos", reclamou, na saída do campo.
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