Pentacampeão, Cafu revela mágoa na Seleção: 'Eu merecia uma despedida'

Em 1994, aos 24 anos, Marcos Evangelista de Morais era reserva e venceu a Copa do Mundo dos EUA com a Seleção Brasileira. Quatro anos mais tarde, na França, Cafu era titular do time e chegou à final novamente, porém teve que se contentar com o segundo lugar. Em 2002, o menino do bairro Jardim Irene, Zona Sul de São Paulo, tinha a responsabilidade de ser o capitão do grupo que tentava o pentacampeonato na Coreia e do Japão. A terceira final consecutiva de Copa do Mundo foi coroada com um desfecho de gala: Cafu erguendo a taça de campeão do mundo e homenageando o local onde nasceu.


Foram 16 anos defendendo a Seleção Brasileira, com muitos recordes e títulos. Entre as conquistas, duas Copas do Mundo (1994 e 2002), uma Copa das Confederações (2007) e duas Copas Américas (1997 e 1999). Além de ganhar duas Bolas de Prata (1992 e 1993) e ser considerado o melhor jogador do Sul-Americano de 1994. Será que faltou alguma coisa para fechar com chave de ouro a história do craque com a camisa canarinho? Parece que sim. Um adeus formal do futebol brasileiro pelos serviços prestados.

 

Em 2006, Cafu beija a taça de campeão do mundo
antes de erguê-la (Foto: Getty Images)

- Eu merecia uma despedida. Não aconteceu. Claro que se tivesse uma despedida, com estádio cheio e todo mundo gritando meu nome, seria gratificante. Retribuir aquilo o que você fez pelo seu país. Eu estou retribuindo ao Jardim Irene. Mas não sou um cara de ficar lamentando. Se por acaso acontecer é claro que vai ser com o maior prazer, vou ter muito orgulho. Foram três finais consecutivas de Copa do Mundo, ganhamos duas e fomos vice na outra - disse.

O ex-jogador recebeu a equipe do "Esporte Espetacular" na "Fundação Cafu", no Jardim Irene, para a estreia do novo quadro do programa: "Futebol Social Clube". O repórter Thiago Asmar e o comentarista Caio Ribeiro vão mostrar boas iniciativas de atletas e ex-atletas que contribuem para a formação de cidadãos no país.

Cafu falou sobre a iniciativa, as dificuldades de manter um projeto social sem o apoio de empresas e a gratificação em ver crianças, jovens e adultos tendo oportunidades para crescer na vida. Além disso, relembrou seu início de carreira nas peneiras e os momentos na Seleção Brasileira.