Em jogo em que Diego Tardelli foi o vilão, ao desperdiçar cobrança de pênalti, e Fábio Júnior, o herói, com dois gols marcados, o América-MG venceu o Atlético-MG, de virada, por 2 a 1, neste domingo, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. O triunfo, em uma partida intensamente disputada, quebrou a invencibilidade atleticana e valeu a liderança para o time de Mauro Fernandes.
O América-MG, que havia sido ultrapassado pelo Cruzeiro, no sábado, após a vitória celeste, por 2 a 1 sobre o América-TO, em Teófilo Otoni, chegou aos 13 pontos, com a vitória suada, deixando os rivais Atlético e Cruzeiro, com 12 pontos. O time atleticano é o vice-líder, por causa do maior número de gols: 15 contra 11, enquanto o clube celeste termina a quinta rodada na terceira posição.
O América é o único invicto entre os 12 participantes do Campeonato Mineiro. Além de marcar dois gols, Fábio Júnior marcou mais um, quel foi anulado pela arbitragem. Esse lance e o pênalti marcado de Flávio sobre Serginho, que foi defendido pelo experiente goleiro americano, em cobrança de Tardelli, revoltaram os americanos.
O Atlético-MG começou o jogo com uma novidade em relação ao time que Dorival Júnior havia anunciado: Neto Berola, que abriu o marcador aos 13 min do primeiro tempo, no lugar de Magno Alves. “Foi uma alteração circunstancial. O Magno Alves pode ser muito importante no segundo tempo”, explicou o treinador atleticano, antes do início da partida.
Já no América, o técnico Mauro Fernandes, que fez mistério sobre a escalação e o sistema tático, além de comandar treino secreto na sexta-feira, manteve o time no 4-4-2, com dois meias – Camilo e Irênio –, e Luciano mais adiantado, ao lado de Fábio Júnior, no ataque. O desfalque americano foi o lateral-direito Marcos Rocha, emprestado pelo Atlético-MG, que não pôde jogar por força de uma cláusula contratual.
A partida foi equilibrada e, em alguns momentos, tumultuada. O América, que teve o técnico Mauro Fernandes expulso por volta aos 15 min do segundo tempo, por reclamação, protestou demais contra a arbitragem de Joel Tolentino. Além do pênalti e do gol anulado de Fábio Júnior, as reclamações foram feitas sobre faltas não marcadas e cartões não aplicados aos adversários.
O primeiro tempo começou muito movimentado, ofensivo e emocionante. Os dois times buscavam o ataque, mais o América-MG, ‘visitante’ da tarde, já que o mando de campo era atleticano. Com apenas três minutos, a equipe americana já tinha criado duas chances de gols. Na segunda delas, Sheslon bateu, Renan Ribeiro defendeu parcialmente e no rebote Luciano chute, mas o arqueiro atleticano salvou com um dos pés.
Apesar de o América-MG ser mais perigoso em campo, foi o Atlético-MG que abriu o placar. Diego Tardelli, com quatro gols no Mineiro, iniciou a jogada, dando passe para Renan Oliveira que cruzou da esquerda para Neto Berola emendar e vencer o goleiro Flávio. Foi seu quinto gol na competição, o que o deixava empatado com o americano Fábio Júnior.
A alegria atleticana, e também de Neto Berola, durou exatos sete minutos. Aos 30 min, após ótima jogada de Luciano pela esquerda, Fábio Júnior teve de chutar duas vezes para empatar e fazer seus sexto gol, reassumindo a liderança isolada da artilharia do certame. No primeiro chute do centroavante americano, Werley salvou, mas na segunda vez pôs a bola nas redes.
O jogo seguiu bastante ofensivo. O América levava muito perigo, aproveitando-se de falhas recorrentes do sistema defensivo atleticano. Mas o alvinegro também criava boas jogadas de ataque, ameaçando o gol defendido pelo veterano Flávio, de 40 anos, 20 a mais que o jovem arqueiro Renan Oliveira, titular do Atlético-MG. E aos 37 min, Flávio evitou gol de Tardelli. Aos 45 min, no entanto, foi a vez de Fábio Júnior, livre, desperdiçar ao chutar para fora.
No intervalo, o meia Ricardinho viu equilíbrio na partida, admitindo que o América começou melhor. “Teve muito contra-ataque devido às duas equipes estarem buscando o gol e nós em certos momentos acabamos proporcionando esse contra-ataque ao América e temos que ter mais paciência e posse de bola para chegarmos ao gol”, analisou. “Conseguimos empatar, mas temos de forçar mais o ritmo no segundo tempo para buscar a vitória”, observou, entretanto, Fábio Júnior, autor do gol americano.
O Atlético-MG voltou com uma mudança para o segundo tempo. Jackson entrou na vaga de Ricardinho, indo para a lateral direita e Serginho voltando para o meio-campo, em uma tentativa de Dorival Júnior de melhorar o rendimento de seu sistema defensivo, evitando espaços ao América, que voltou com a mesma formação da etapa inicial.
E o jogo recomeçou quente. Aos 5 min, o árbitro Joel Tolentino Damata Júnior marcou pênalti de Flávio em Serginho. Os jogadores do América não se conformaram com a cobrança e cercaram o juiz reclamando muito. Com a situação controlada, Diego Tardelli cobrou e o veterano goleiro americano fez a defesa. Esse lance desequilibrou um pouco a equipe de Dorival Júnior e animou os americanos.
Aos 22 min, Fábio Júnior marcou o segundo gol, mas foi anulado, sob a alegação de impedimento. Cinco minutos depois, o time americano chegou ao segundo gol, novamente marcado por Fábio Júnior, artilheiro do Mineiro, com sete gols, aproveitando falha do goleiro Renan Ribeiro. Depois disso, o Atlético partiu para o empate, mais na base do desespero, enquanto o América administrava a vantagem e tentava os contra-ataques.
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