O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, foi o vencedor da eleição realizada nesta quarta-feira, no Salão Nobre do Morumbi. A conquista foi por goleada. Ao todo, 177 integrantes do Conselho Deliberativo foram às urnas e 163 votaram pela reeleição do atual mandatário. Sete votaram em Lapolla e sete votos foram desconsiderados. Apenas conselheiros tiveram direito a voto. Será o terceiro mandato seguido de Juvêncio.
A reeleição do candidato da situação, que já era prevista pela própria oposição, foi marcada por polêmica. O grupo oposicionista, liderado por Edson Lapolla, contestou a realização do pleito, alegando que Juvêncio não poderia se candidatar.
“Quero dizer os que vão ao judiciário em todos os processos eleitorais, que não têm voto e sequer compareceram aqui para dar o rosto para vir ao palanque. Tem que vir aqui e nos enfrentar, mas fica no subalterno, atrás das cortinas e indo aos fóruns tentando macular a imagem desse grande clube”, cutucou Juvenal Juvêncio.
“Este clube tem sua seriedade e não é dirigido por outrem”, acrescentou.
O mandatário do clube se reelegeu pela 2ª vez. Isso só foi possível graças à mudança no Estatuto do clube, ocorrido em 2008. Até então, era permitido apenas uma reeleição. O novo regimento aumentou o período do presidente no cargo. Em seu terceiro mandato seguido no São Paulo, Juvêncio terá mais três anos no comando do clube. Antes eram dois anos.
Juvêncio seguirá à frente do São Paulo sub judice. A oposição acionou a Justiça destacando que o atual presidente sequer deveria estar no comando, já que a manobra no Estatuto foi considerada irregular.
Em protesto, integrantes da oposição compareceram ao Morumbi vestindo camisetas com a inscrição “Democracia Já Já”.
Edson Lapolla minimizou a derrota. “Não estamos preocupados com o resultados das urnas. Nós somos amigos do clube, e o Juvenal não será bom para o São Paulo. Sou totalmente contra qualquer medida que possa ferir a democracia”.
Único candidato à presidência do Conselho Deliberativo, José Carlos Ferreira Alves teve 170 dos 177 votos dos conselheiros.
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