Fifa irá interrogar informante sobre corrupção na escolha do Qatar como sede de 2022

A Fifa irá interrogar o informante que disse que a escolha do Qatar como sede da Copa de 2022 ocorreu mediante suborno pago a representantes africanos da entidade para que votassem a seu favor. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse ao jornal The Sunday Times que concordou em levar a sua fonte para se reunir com altos funcionários da organização, que deve decidir se vai pedir um novo inquérito sobre as denúncias de corrupção.

O informante alega que Issa Hayatou e Jacques Anouma, representantes do comitê executivo da Fifa, receberam US$ 1,5 milhão para que a proposta do Qatar vencesse. Blatter admitiu que pode reabrir a votação caso as denúncias sejam comprovadas, mas disse que pretende investigar o caso “passo a passo”.

As acusações vieram depois que legisladores britânicos afirmaram ter identificado uma fonte que trabalhou na proposta do Qatar e que admitiu a propina. O informante disse que apenas pagava a quantia e não se importava se o dinheiro ia para as federações ou para o bolso do representante.

Blatter disse que a entidade está “aguardando ansiosamente” por mais evidências antes de pedir que o comitê de ética examine as alegações. De acordo com o presidente, a situação precisa ser esclarecida antes do dia 27, quando ele concorre à reeleição contra Mohamed bin Hammam, do Qatar, figura central na vitória do país para sediar o Mundial.

Segundo o presidente, os integrantes da Fifa já estão cientes do caso e trabalham na investigação. “O comitê já está avisado e alarmado. Eles não estão apenas deitados na praia. Todos os membros virão ao congresso (no dia 1° de junho), então será mais fácil convocar um comitê de ética rapidamente”, afirmou.

As acusações vieram depois que legisladores britânicos afirmaram ter identificado uma fonte que trabalhou na proposta do Qatar e que admitiu a propina. O informante disse que apenas pagava a quantia e não se importava se o dinheiro ia para as federações ou para o bolso do representante.

No entanto, o mandatário afirmou que não ordenará nenhuma investigação que possa manchar a reputação de seu adversário. “O que eles fazem não é um problema para o presidente da Fifa”, declarou.