Negociar individualmente os direitos de transmissão de jogos é uma prática na Espanha há pelo menos 15 anos. Por isso, os problemas enfrentados atualmente pelos espanhóis com essa modalidade podem servir de alerta para os clubes do Brasil, que negociaram recentemente modelo semelhante que valerá a partir do próximo ano.
Em entrevista por e-mail à Folha, o CEO da Liga Espanhola, Francisco Roca Pérez, que tem função similar à de Fábio Koff, presidente do Clube dos 13, afirma que esse tipo de negócio torna os clubes dependentes das TVs.
"Real e Barcelona, juntos, arrecadam cerca de 40% do total que a TV paga aos clubes da Primeira Divisão. Isto tem sido motivo de preocupação na Espanha", diz.
Você acha que os clubes brasileiros dependerão ainda mais da TV?
Francisco Roca Pérez - As receitas de televisão são aquelas que trazem grandes oportunidades de crescimento em um curto prazo de tempo. Mas é aconselhável encontrar um sistema de gerenciamento que vise o equilíbrio entre as receitas comerciais, audiovisuais, de publicidade e de bilheteria.
Como acontece atualmente na Espanha, o Brasil também tem dois clubes (Corinthians e Flamengo) que vão conseguir uma verba maior por serem mais populares. O que isso pode acarretar no futuro?
O risco de dois clubes terem uma renda muito maior do que o resto é acabar o equilíbrio do campeonato. Podemos ter apenas eles campeões, repetidamente. Além disso, pode resultar em uma perda de interesse na competição. Por isso, é muito importante estabelecer mecanismos que evitem isso.
E o que a Liga Espanhola tem feito para diminuir essa diferença que existe entre Real e Barcelona e os outros clubes?
Isso é certamente motivo de preocupação tanto da Liga quanto dos próprios clubes. Prova disso é que houve uma transformação muito importante, na qual criou-se um grupo de clubes com menor poderio de audiência para negociar em comum. Essa mudança fez com que eles já conseguissem condições mais favoráveis e fixou os limites para os clubes financeiramente mais fortes.
Como funciona na Espanha onde há duas ou mais empresas que adquiriram o direito de transmissão?
Existem dois cenários. O primeiro envolve a existência de um "concentrador de direitos", em que é feito um acordo prévio para criar critérios específicos de transmissão, como horários, plataformas, entre outros. A segunda opção baseia-se no direito de arena, na qual o time mandante definirá o canal que comercializará o jogo
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