Ministro anuncia secretaria para segurança da Copa e cobra obras de transporte

O ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, anunciou nesta quinta-feira a criação de uma secretaria para cuidar da segurança durante a Copa do Mundo de 2014. Durante entrevista no programa "Bom Dia Ministro", da Radiobrás, ele adiantou ainda que a presidente Dilma Rousseff se reunirá com prefeitos e governadores para pedir agilidade nas obras, principalmente às relacionadas ao transporte urbano.

Orlando Silva explicou como será o funcionamento da nova secretaria: “Vai integrar as forças de segurança das 12 cidades que receberão a Copa. Terá, provavelmente, um reforço das Forças Armadas. Já existe todo um trabalho de inteligência em curso. Teremos um esforço especial para que o Mundial ocorra com segurança e conforto”.

O ministro afirmou que a reunião de Dilma com prefeitos e governadores está marcada para o dia 30 de maio. A intenção é acelerar as ações do transporte urbano. Segundo ele, 70% das obras devem começar ainda neste ano, e 54 projetos já foram selecionados para melhorar a mobilidade nas cidades.

Sobre os aeroportos, Orlando Silva revelou que a recomendação de Dilma é conceder parte das obras à iniciativa privada: “O prazo é curto, mas o suficiente para modernizarmos os aeroportos”. Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), dos 12 aeroportos em ampliação, nove não ficarão prontos antes de 2014.

De acordo com o ministro, a decisão de acionar a iniciativa privada para obras em aeroportos foi bem recebida: "A Fifa tem acompanhado sistematicamente a preparação do Brasil e sabe do esforço que o país faz para cumprir todas as exigências. São 700 milhões de investimentos focados em terminais de passageiros. Com esses investimentos, teremos terminais turísticos adequados para a Copa do Mundo".

De forma geral, no entanto, o ministro assegurou que a postura das autoridades vai começar a mudar, de modo a mudar a imagem da preparação brasileira para a Copa e os Jogos Olímpicos. “Na virada de 2011 para 2012, a percepção sobre a preparação do Brasil vai mudar, poque o estágio das obras das arenas será completamente diferente”, completou.