Em resistência à violência, argentinos usam denúncia para reduzir barbáries

28.6.11 | Marcadores:
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As cenas causadas por parte da torcida do River Plate, após o rebaixamento do clube no último domingo, impressionam. Faz imaginar que talvez não haja quem tente fazer algo para mudar o quadro da violência no futebol argentino, que já matou cerca de 200 pessoas. Mas, na verdade, é possível encontrar aqueles que remam incessantemente contra a maré. Como Liliane Soares, mãe de uma dessas vítimas, que é presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Futebol Argentino.

Não é raro vê-la em contato com as autoridades cobrando e buscando a conscientização o público. Além de identificar os chamados "barrabravas" (apelido dos vândalos).

- Manter sua memória viva é o que eu faço, porque me parece ser a única maneira de que ele esteja presente em todos os lados. E disso não vou esquecer um minuto da minha vida - emociona-se a senhora, que aponta um "conjunto de cumplicidades" para os fatos.

- Considero que tem muita responsabilidade da AFA (Associação de Futebol Argentino), assim como os órgãos distintos e polícia, que tem tudo a ver. É um conjunto de cumplicidades. A Justiça tem sua cota também por não investigar. Seguimos vendo os "barrabravas" entrarem tranquilamente (nos estádios). A lei que pode banir a entrada não é aplicada. Para mim, não houve mudança nenhuma - lamenta.

Documentário revelador

O diretor de cinema Pablo Tesorieri registrou em forma de documentário muitas das barbáries que vêm sendo cometidas. O resultado foi o filme Futebol e Violência S/A, de 2010, que tira conclusões nada animadoras a respeito da conivência dos próprios clubes.

- O problema básico que temos na Argentina é que não podemos falar em violência no futebol sem falar de violência, justiça e política juntos. As três estão vinculadas por uma rede de corrupção. Os diretores (dos clubes) usam os "barras" como forças políticas para campanhas, isso fax com que haja mais problemas de violência e cada vez se solucione menos os problemas - atestou o cineasta.

Em contrapartida, a equipe de segurança da Copa América, que começa no fim desta semana, crê que não há motivo para alarme.

- Nesse momento, o tema da segurança está controlado, creio. Faz muito tempo que tivemos incidentes graves dentro do campo. Não falemos de fora do cenário, onde se pratica o futebol. Aí a situação muda - comentou José Leme, diretor de segurança do comitê da Copa América.

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