A dois anos da Copa, 40% das obras do Mundial ainda não saíram do papel.
Balanço do governo federal divulgado ontem mostra que os investimentos no evento custarão aos cofres públicos R$ 23 bilhões -dos quais R$ 10 bilhões dizem respeito a obras que não foram iniciadas até agora. Os outros R$ 4 bilhões serão provenientes de recursos privados.
O plano do governo federal e das cidades-sedes é entregar 85% das obras até 2013.
Na divulgação do balanço dos investimentos, o governo se mostrou otimista com o andamento e negou atrasos, destacando o fato de o número de obras já iniciadas ter crescido 76% em relação ao balanço de setembro último.
Segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o governo "não trabalha com o conceito de atraso".
"Há uma série de requisitos e isso tudo muitas vezes não permite que o início da execução da obra esteja dentro do planejado. Mas isso não compromete a entrega, desde que na execução seja adaptado o tempo disponível", disse o ministro.
Rebelo ainda ironizou os questionamentos sobre as obras ainda no papel.
"Não sei porque o preconceito com obras no papel. Uma coisa tão importante na vida das pessoas não sai do papel, que é a notícia. O que está no papel não significa propriamente um atraso."
No balanço, referente a abril, o governo não informou o ritmo de andamento das obras em cada cidade, apenas o desempenho por setor. A exceção foram os estádios, que foram discriminados.
As obras de mobilidade urbana custarão R$ 12 bilhões. Segundo o governo, 80% das 51 obras serão finalizadas até 2013, restando dez projetos para 2014. Até agora, contudo, 45% das obras nem começaram, com gastos estimados em quase R$ 4,8 bilhões.
Em relação aos aeroportos, 13 das 31 obras ainda estão em fase de licitação ou planejamento. Essas obras estão orçadas em R$ 4,5 bilhões, o equivalente a 61% dos R$ 7,4 bilhões a serem investido no setor para a Copa.
Em situação semelhante estão os portos, com investimentos previstos de R$ 900 milhões. Santos, Manaus e Rio ainda estão no papel.
O balanço mostrou ainda que os estádios de Recife, com 33% da obra concluída, e de Cuiabá (40%) estão um pouco abaixo do andamento previsto. "O andamento das obras guarda completa sintonia com a data de entrega. As alterações, tanto mais ou para menos, são estaticamente desprezíveis", disse Rebelo.
Embora as arenas sejam de responsabilidade dos Estados e dos clubes, o levantamento do governo mostra que mais de R$ 1 bilhão foi desembolsado em financiamentos do BNDES), valor que deve chegar a R$ 3,8 bilhões.
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