Geovani luta para voltar a andar

1.2.08 | Marcadores:
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Edson Chagas
Jornal A Gazeta
O ex-meia Geovani, de 43 anos, anda com a ajuda de uma bengala

Aos 43 anos, o ex-meia do Vasco e da seleção brasileira Geovani vive um drama. Após vencer a luta contra a polineuropatia, uma doença que afeta a coordenação motora, ele tenta voltar a andar normalmente.

Geovani só consegue se movimentar com o auxílio de uma bengala. Para tentar minimizar a dificuldade de locomoção, ele faz fisioterapia três vezes por semana. Mas não sabe se vai conseguir voltar a viver como antes.

- Estou me recuperando. Ficou uma seqüela que vai melhorar com a fisioterapia. Não tenho equilíbrio com a perna toda esticada. Mas estou andando com a ajuda de uma bengala.

Campeão mundial sub-20 em 1983, ao lado de Bebeto, Jorginho e Dunga, Geovani mora em Vila Velha, no Espírito Santo, e trabalha como subsecretário administrativo da Secretaria Estadual de Esportes. E tem o sonho de um dia voltar a jogar futebol com os amigos e os filhos nos fins de semana.

- Meu sonho hoje é voltar a jogar uma pelada. Sempre adorei isso e dá aquela vontade enorme. É difícil ficar longe da bola.

Geovani não se cansa de agradecer a Deus pela recuperação. E apesar do problema não perdeu o bom humor ao falar sobre a sua vida atualmente.

- Não cresci, mas engordei um pouco (risos).

O QUE É POLINEUROPATIA?
A polineuropatia é a disfunção simultânea de muitos nervos periféricos do corpo e possui muitas causas diferentes. Os dois mais comuns são o câncer, que pode provocar a doença através da produção de substâncias tóxicas, e um tipo de infecção provocado por toxinas produzidas por bactérias. A polineuropatia pode ser aguda e aparecer sem nenhum aviso, ou pode ser crônica e se desenvolver gradualmente ao longo do tempo. A doença pode causar a perda de movimento ou de sensação relacionados a uma inflamação de múltiplos nervos.

Após um período difícil, em que chegou até ficar em uma cadeira de rodas, o ídolo cruzmaltino busca recuperar a antiga rotina.

- Tento viver normalmente, visitar os amigos. Mas tenho dificuldade para andar. O importante é que a cura me foi dada por Deus. Agora só depende de mim. Em breve estarei bem. Tenho fé - disse.

Geovani ainda assiste aos jogos do Vasco pela televisão. E faz planos para voltar a São Januário. Ele gostaria de ver a reestréia de Edmundo, mas não sabe se vai conseguir por causa da doença.

- A última vez que fui a São Januário foi em 2005 para ver Vasco e Friburguense. Estive até no vestiário antes do jogo, e o Romário me disse que faria dois gols. E cumpriu. O Vasco goleou e ele fez dois - disse o ex-meia.

Geovani admira o Baixinho e lembra da convivência com ele em São Januário nos anos 80.

- O Romário nasceu para jogar futebol. Ele nunca trabalhou nada. Não precisava aprimorar os fundamentos. Ele já nasceu com toda essa genialidade. Só era mais esquentado do que hoje (risos).

Geovani quer levar os filhos para o Vasco

Geovani fala com orgulho dos herdeiros. Geovani Filho, de 17 anos, e Andrei, de 15 anos, jogam futebol e sonham seguir o caminho do pai.

- Quero levá-los para treinar no Vasco. O Geovani Filho é volante. E o Andrei joga como meia e foi eleito o melhor jogador de um campeonato aqui. Os dois só não vão virar profissionais se não quiserem. Eles têm bola - garante.

Conhecido como exímio cobrador de pênalti, Geovani promete passar a técnica aos filhos. Ele ficou quase seis anos sem perder uma penalidade pelo Vasco.

- Vou ensinar a eles.

Até hoje Geovani guarda com carinhos algumas camisas da época do Vasco. Mas uma merece um lugar especial na coleção.

- A camisa de 82. Foi o meu primeiro título pelo clube e tinha acabado de chegar. Foi especial. Só tenho boas recordações do Vasco. Foram dez anos no clube e jogando com craques como Roberto Dinamite, Romário, Edmundo. Além disso, a rivalidade com o Flamengo era ótima. Eles tinham um timaço. Era muito difícil vencê-los. A maioria dos jogadores dos dois times poderia ter estado na seleção.

Sobre a carreira, Geovani só lamenta ter trocado o Vasco pelo Bologna, da Itália, em 1989. O meia perdeu evidência e acabou ficando fora da Copa de 1990.

- Foi o grande erro da minha carreira. Na época, o Eurico tinha me falado para eu sair apenas após a Copa de 90. Mas aí fui para um time na Itália em que os 11 jogadores jogavam atrás. Era muito difícil. A minha alegria foi meu filho mais velho. Ele foi feito lá, mas nasceu aqui.

fonte: globo

Um comentário sobre “Geovani luta para voltar a andar”

Anônimo disse...

Hola amigo, todo bien? Che pasate cuando puedas.
Un abrazo

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