Brincando, Pelé pede ajuda do BNDES para os clubes cariocas

Astro de jogos históricos no Maracanã, Pelé está de olho no que acontece no futebol do Rio de Janeiro e não tem muito o que comemorar. Presente nesta sexta-feira na cidade para a assinatura do patrocínio de R$ 6 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção do Museu Pelé em Santos, o Rei lamentou a situação atual dos times cariocas.

Na Série A, o Flamengo foi derrotado quinta-feira pelo Cruzeiro e está em 12º lugar. Botafogo e Fluminense aparecem na zona de rebaixamento, enquanto o Vasco disputa a Segunda Divisão. Bem humorado, Pelé sugeriu que o BNDES socorresse as equipes do Rio, que costumam sofrer com problemas financeiros.

- Fico triste com a situação dos clubes daqui, a dificuldade que eles têm em se manter. Para quem ama tanto o Brasil como eu, é difícil ver o Flamengo, o Fluminense e o Botafogo assim, e o próprio Vasco, que foi o primeiro clube a me dar oportunidade de jogar aqui (NR: Pelé jogou um torneio pelo clube em 1957, cedido pelo Santos). Vou falar com o BNDES para arrumar a vida dos jogadores e também desses clubes - disse Pelé, rindo.

Dupla 'Pelé e Coutinho' versão 2009: Rei do Futebol e o presidente do BNDES

Presente no evento, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, brincou com o Rei ao lembrar que estavam reeditando a dupla "Pelé e Coutinho", que fez sucesso no Santos, mas não levou a ideia do Atleta do Século adiante ao comentar o assunto.

- Já recebi muitos pedidos a esse respeito. Mas falando como cidadão, a impressão é de que o futebol brasileiro precisa de um choque de governância. Os clubes precisam virar empresas sérias, com gestão mais responsável. É importante zelar pelo sistema empresarial por trás dos clubes - disse Coutinho.

O BNDES é um órgão do Governo Federal que visa ao financiamento de projetos em diversos segmentos. No caso do Museu Pelé, o banco liberou verba de R$ 6 milhões para a Prefeitura de Santos, responsável pelo projeto. O museu, que ficará localizado no Casarão Valongo, no Centro Histórico de Santos, terá custo total de quase R$ 20 milhões, com ajuda de empresas privadas, e deverá ficar pronto em 2012.