Fifa inocenta candidatura de Portugal/Espanha, mas pune seis membros

A Fifa anunciou, nesta quinta-feira, a conclusão da investigação sobre as denúncias de corrupção na disputa pelas sedes de 2018 e 2022. Segundo a entidade-mor do futebol mundial, a candidatura conjunta de Portugal e Espanha é inocente das acusações de trocas de votos com o Qatar, mas seis pessoas foram afastadas temporariamente do esporte por conta do escândalo.

“Depois de investigar as suspeitas contra Portugal e Espanha, não encontramos base para demonstrar que houve conluio”, disse Claudio Sulser, presidente do Comitê de Ética da Fifa.

A chamada candidatura ibérica estava sendo acusada de tentar fazer um intercâmbio de votos com a proposta do Qatar. Como a Fifa decidirá, ao mesmo tempo, as sedes dos Mundiais de 2018 e 2022, os dois projetos estariam trocando votos para serem escolhidos.

Dos seis afastados pelo Comitê de Ética, dois fazem parte do Comitê Executivo da Fifa, responsável direto pela escolha das sedes. Um deles é o taitiano Reynald Temarii, vice-presidente do Comitê Executivo e presidente da Confederação da Oceania, que terá de ficar afastado do futebol por um ano.

Além dele, o nigeriano Amos Adamu ficará três anos longe do esporte. Ambos se transformaram nos pivôs da investigação ao serem flagrados pelo jornal inglês Sunday Times negociando seus votos na eleição.

Os outros quatro afastados, segundo a Fifa, são funcionários da entidade, que ficarão fora por períodos que variam de dois a quatro anos.