Brasília derruba Franca, pega a taça e mostra quem manda no basquete

24.5.11 | Marcadores:
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No domingo, bateu na trave. Com a arquibancada jogando contra no Pedrocão, Brasília tentou, suou, sofreu na prorrogação, mas não conseguiu fechar a tampa. Questão de tempo. Na noite desta terça-feira, o time da capital mostrou quem é que manda no basquete brasileiro. A torcida, de novo, cumpriu sua missão: invadiu o Nilson Nelson e plugou o ginásio na tomada em 220 volts do início ao fim. Tanta energia, claro, vazou para a quadra, e o time da casa respondeu com um incontestável 77 a 68 em cima de Franca, liderando do início ao fim. Desta vez, com um agradável bônus: o bicampeonato do NBB.

Brasília conquista seu terceiro título nacional em cinco anos, período em que chegou à decisão todas as vezes. De quebra, consolida a capital do país como um fortíssimo polo de basquete, lotando duas vezes sua arena na série final final.

comemoração na final da NBB entre Brasília e Franca (Foto: Cadu Gomes/Divulgação)Unidos e campeões: após vencer o jogo 4, Brasília é bi no NBB (Foto: Cadu Gomes/Divulgação)
 
Destaque do Brasília com 17 pontos na partida decisiva, Guilherme Giovannoni fecha o campeonato como herói. Carregou o time na série final com atuações fantásticas, arremessos espíritas e um incrível senso de liderança dentro da quadra. Na terça, ele contou com muita ajuda: Arthur fez 15, Nezinho foi a 12, assim como Tischer, e Cipriano ficou com 11. Alex, outro grande destaque da campanha, anotou oito pontos e compensou com cinco rebotes e três assistências.

Franca ficou atrás do placar do início ao fim, viveu momentos de descontrole em quadra, mas não se entregou em nenhum momento. Benite foi o cestinha dos visitantes com 16 pontos, seguido pelos 14 de Drudi e os 12 de Helinho.

Guilherme na final da NBB entre Brasília e Franca (Foto: Cadu Gomes/Divulgação) 
Guilherme Giovannoni comandou o time na série
final contra Franca (Foto: Cadu Gomes/Divulgação)
Ritmo forte desde o início

Com pressa para colocar a mão na taça, o time de branco começou o jogo correndo. E cumpriu a missão de emplacar seus contra-ataques, fazendo assim oito dos seus primeiros dez pontos. Enquanto isso, Franca tinha apenas três, e ainda amargava a saída de Benite, que começou como titular, mas fez duas faltas em menos de um minuto. Giovannoni, autor da primeira cesta, pontuava e ajudava nos rebotes, enquanto Cipriano fazia o trabalho sujo embaixo da cesta. Com uma bola de três de Rogério, a vantagem caiu para três pontos, mas voltou para sete ao fim do primeiro quarto: Brasília 19 a 12.

Na metade inicial do segundo período, o time da casa continuou dominando os rebotes, e a vantagem pulou para 12, mas Franca emplacou dois contra-ataques, cortou para oito e forçou Vidal a pedir tempo. Logo, logo, tudo voltou a ser como era. A vantagem subiu e chegou a 13 numa ponte aérea monumental de Nezinho para Tischer, que tirou a torcida das cadeiras. Na saída para o intervalo, 34 a 21.

Alex, que tinha acertado 2/6 nos arremessos, foi o primeiro a voltar do vestiário. Ficou calibrando a mão e ganhou a companhia de Arthur. Aos poucos, os outros companheiros retornaram, sabendo que a taça estava a dois quartos dali. A diferença logo saltou para 19 pontos, com uma cesta de três de Guilherme, e pouco depois foi a 21. Apático e desnorteado, Franca errava passes bobos, Lewis levava toco do aro, e tudo dava errado para os visitantes, que viam a chance do título escorrendo pelos dedos.

Foi quando a torcida, enlouquecida, começou a gritar “o campeão voltou”. E àquela altura tinha voltado mesmo. O jogo até deu uma esfriada, quando alguém apontou laser para a quadra e a organização interrompeu as ações para fazer um apelo aos torcedores. Os brasilienses aproveitaram a pausa para soltar os tradicionais elogios a Helinho e pararam para festejar a bola de três de Alex, que manteve a diferença na casa dos 20. Franca ainda lutou e cortou a diferença, mas ao fim do terceiro quarto, Brasília ainda tinha uma mão na troféu dourado: 51 a 38.

Brasília comemora na final da NBB (Foto: Cadu Gomes / Divulgação)Tischer abraça os companheiros na reta final da partida desta terça (Foto: Cadu Gomes / Divulgação)
Na volta para o último quarto, coube a Nezinho a punhalada de três que abriu 15 de novo. Mas duas cestas seguidas no garrafão esfriaram a torcida no Nilson Nelson e cortaram para 11. Benite ainda reduziu para oito, com um tiro certeiro de três, respondido na mesma moeda por Nezinho. A gangorra continuou ativa, e o time da casa abriu 14. A torcida gritava a cada cesta, mas se calava quando os rivais retrucavam.

Quando faltavam quatro minutos, veio o canto de "está chegando a hora". Em seguida, "bicampeão". Franca se recusava a deixar o tempo passar, mas não havia mais o que fazer, e a torcida mal olhava o que acontecia dentro da quadra. Os donos da casa - e da bola - controlaram o jogo até o fim, mantendo a diferença na casa dos 10 pontos. Abraçaram-se emocionados quando o relógio ainda mostrava 23 segundos para o fim. E quando a sirene tocou, tudo foi festa na capital. Do basquete.

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