Má fase de atacantes faz Muricy encontrar solução no esquema com três zagueiros

Muricy Ramalho já deu oportunidades a Zé Eduardo, Keirrison e Diogo, e nenhum deles convenceu para ser o parceiro de Neymar no ataque. Contra o São Paulo, no último sábado, o treinador encontrou no esquema com três zagueiros, o seu preferido, uma alternativa para compensar a ausência de um camisa 9.


Na teoria, é no mínimo estranho colocar um zagueiro a mais e sacar um centroavante. Na prática, porém, Paulo Henrique Ganso e Elano ganharam liberdade para encostar em Neymar. E foi graças ao trio que saíram os dois gols na vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, no último sábado.

“Dizem que três zagueiros é defensivo, mas hoje [sábado] mostrou que todo mundo ficou liberado para atacar e a gente até merecia mais gols”, opinou Muricy, para justificar a alteração que promoveu no intervalo do clássico no Morumbi (Bruno Aguiar substituiu Zé Eduardo).

Contra o América, do México, nesta terça-feira, o treinador não contará com Elano, que sequer viajou à América do Norte porque está machucado. Assim, Zé Eduardo provavelmente terá uma nova chance, embora não balance as redes desde 23 de março.

Ponto fraco do Santos desde o começo do ano passado, quando despontou a geração de Neymar e Ganso, o sistema defensivo evoluiu após a contratação de Muricy. Os números comprovam, já que Rafael sofreu dois gols em sete partidas.

“É pouco tempo para dizer que o time está com a cara do técnico. Às vezes o cara aproveita o embalo e quer crédito. Estou dando sequência ao que o [Dorival] Júnior, o Adílson [Batista] e o Marcelo [Martellote] fizeram e dando mais segurança para o time não tomar contra-ataque", comentou o tetracampeão brasileiro.

"Vendo de fora, o Santos tomava muito contra-ataque, corria para trás. Quando você perde a bola, tem que estar postado de frente. Não tem necessidade de os laterais irem tanto, e é isso que estou tentando mostrar aos jogadores”, acrescentou. Com três beques, Jonatham e Léo também podem apoiar com mais frequência.