Por título inédito, seleção feminina convoca mais velhas

Para vencer as grandalhonas norte-americanas, alemãs e norueguesas, a seleção cresceu e ficou mais velha.

Técnico chama sete jogadoras do Santos para o Mundial feminino

As 25 jogadoras pré-convocadas (quatro serão cortadas) ontem pelo técnico Kleiton Lima para a Copa do Mundo da Alemanha, em junho e julho, têm, em média, 1,69 m de altura e 26,2 anos.

A julgar pelo que se viu nos Mundiais anteriores, os números são consideráveis.

Na Copa da China, em 2007, e nos EUA, em 2003, o grupo brasileiro tinha 1,67 m de altura e 25,4 anos, em média. No Mundial de 1999, o número não passava de 1,64 m e idade média de 21,4.

Em 2007, o time brasileiro tinha apenas uma atleta com mais de 1,71 m. Desta vez, 12 garotas ultrapassam a marca. O aumento desses números não foi por acaso.

"Nossa atleta mais alta tem 1,81 m de altura. Na Suécia, a média é de 1,75 m para cima. Na Alemanha e na Noruega, idem. A gente tem essa dificuldade de formar atletas com perfil defensivo, jogadoras altas", disse Kleiton.

Aumentar a força das brasileiras virou uma das prioridades da comissão técnica.

Pois se o Brasil sempre teve um time leve e habilidoso, liderado pela "gigante" Marta (1,62 m), o sistema defensivo sempre penou contra americanas e europeias.

Basta ver que o Brasil perdeu para Estados Unidos e Alemanha nas últimas decisões de Olimpíada e Copa.

"Damos ênfase no trabalho de impulso, bola aérea. Elas trabalham saltos, para atingir o mesmo nível na hora de disputar por cima com as europeias", disse Kleiton.

A experiência para, enfim, vencer uma competição desse porte também pesou nas escolhas do treinador.

Apesar do discurso de renovação, 11 atletas que participaram da última Copa, quando o Brasil foi vice, estão nesta lista de 25 atletas.

No ano passado, Dunga levou oito jogadores remanescentes do Mundial anterior.