Preparador físico diz estar assustado com sequência de lesões no Grêmio

O preparador físico do Grêmio, Flávio de Oliveira, comentou na manhã desta quarta-feira sobre as mais de 20 lesões que ocorreram com os jogadores desde o início da temporada e admitiu que ficou assustado com o número de lesionados nestes primeiros cinco meses de trabalho. A intensidade das disputas das competições, o pouco tempo de pré-temporada e a grande sequência de jogos foi apontado pelo profissional como fatores que contribuíram para o alto número de atletas que passaram pelo departamento médico.

"Eu fiquei assustado porque tenho 20 anos de carreira, disputei várias competições neste tempo e teve essa sequência grande [de lesões]. Agora temos que tentar amenizar. A gente tentou, fez tudo o que podia fazer. Ponto. Agora temos que corrigir. Nosso trabalho envolve uma série de situações, o preparador físico não trabalha sozinho. Então, temos que cercar de todos os lados e fizemos isso junto com os outros departamentos. A gente é pago para amenizar. Isso faz parte do calendário. Mas pode haver outras, porque não jogamos de brincadeirinha, o trabalho é pesado. A competição é difícil, pois os outros trabalham forte também. Não podemos ficar reclamando, não", afirmou Oliveira.

O preparador físico fez questão de lembrar que lesões ocorrem em todos os clubes que estão envolvidos em muitas competições ao mesmo tempo, como ocorreu com o Grêmio nestes primeiros cinco meses. Com a desclassificação na Libertadores e o fim do Campeonato Gaúcho, a comissão técnica terá cinco semanas com jogos exclusivamente nos finais de semana e irá aproveitar para aprimorar as questões físicas, baseados nos exames que são feitos semanalmente nos atletas.

"Esses problemas de lesão muscular ocorrem com todos os clubes, basta olhar os sites deles. Não é desculpa, mas todas as situações que enfrentamos como o calendário, o pouco tempo de pré-temporada, tivemos oito dias de preparação, o acumulo de jogos, a sequência e a intensidade. Desde os primeiros dias de trabalho começamos a definir classificação, como ocorreu contra o Liverpool-URU na Libertadores. Jogamos 33 ou 34 jogos e vamos jogar mais 37. Estamos sujeitos, mas é o nosso trabalho, mas vamos tentar amenizar esse tipo de problema", declarou.


Neste momento, André Lima, Gabriel, Vilson, Mateus Magro, Bruno Collaço, Rodolfo e Leandro, que teve diagnosticado uma distensão na virilha esquerda, estão entregues ao departamento médico ou a fisioterapia. O jovem atacante do Grêmio ficará afastado dos treinamentos nos próximos 10 dias.

"O Leandro teve uma dor no jogo, ontem treinou, sentiu, fez uma ressonância e deu uma pequena lesão. Acredito que não foi nada, não, mas temos esse tipo de situação no dia a dia. Pela própria dinâmica de treinos, pela intensidade dos jogos, pela sequência e pouco tempo para trabalhar. Temos que assumir a responsabilidade e tentar amenizar esse tipo de problema. Agora, é muito duro quando tem esse tipo de problema colocar só nas nossas costas. Envolve uma série de situações. O time está correndo bem. O trabalho tem uma direção e estamos contentes neste sentido, mas ficamos chateados com as lesões, pois estamos sujeitos a este tipo de problema", revelou o preparador.

O Grêmio volta a treinar a partir das 15h30, quando o técnico Renato Gaúcho deve fazer começar a montar a equipe para o confronto de domingo, às 16h, contra o Atlético-PR, no estádio Arena da Baixada.