Fifa anuncia superávit de R$ 997 milhões entre 2007 e 2010

A Fifa anunciou nesta quarta-feira um registro de superávit de US$ 631 milhões (R$ 997 milhões) no período entre 2007 e 2010. Em 31 de dezembro do ano passado, as reservas da entidade somavam US$ 1,280 bilhão (R$ 1,9 bilhão), conforme apresentação realizada pelo presidente do Comitê de Finanças, Julio Grondona, no 61º Congresso da entidade em Zurique.

O argentino, que também é vice-presidente da Fifa e presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), indicou que, nesse mesmo período - correspondente ao terceiro mandato de Joseph Blatter como presidente - foram destinados US$ 794 milhões (R$ 1,2 bilhão) a programas de desenvolvimento do futebol, 57 vezes mais que no quadriênio anterior.

De acordo com o dirigente, a sólida situação financeira permitiu que, além do apoio normal às federações de futebol, estas recebessem em 2010 pagamentos extraordinários no valor total de US$ 550 mil (R$ 869 mil) cada uma.

Além disso, cada confederação de futebol recebeu US$ 5 milhões (R$ 7,9 milhões). Tudo isso totalizou US$ 144 milhões (R$ 227,5 milhões), detalhou Grondona, que acrescentou que os números demonstram que "todos os membros beneficiam-se com o desempenho positivo da Fifa".

- O balanço dos últimos quatro anos é muito frutífero do ponto de vista econômico. A África do Sul entusiasmou o planeta com um Mundial perfeitamente organizado, os estádios alcançaram lotação de 97% e os patrocinadores estavam contentes - comentou.

Grondona lembrou que em 2008, a Fifa "praticamente não tinha reservas". Quase a totalidade da receita da entidade, 91%, o correspondente a US$ 1,291 bilhão (cerca de R$ 2 bilhões) em 2010, provieram dos eventos futebolísticos - incluindo a Copa do Mundo da África do Sul - organizados sob sua tutela.

As despesas no ano passado alcançaram US$ 1,089 bilhão (R$ 1,7 bilhão), dos quais 71% foram destinados a eventos de futebol e 31% aos chamados programas de desenvolvimento do futebol.