Chutes, cruzamentos e atenção: saiba no que a Seleção precisa melhorar

12.7.11 | Marcadores:
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Um time com posse de bola elevada, mas com pouca penetração e muitos erros na aproximação ao gol adversário. Os empates contra Venezuela e Paraguai mostraram uma Seleção Brasileira que tem conseguido impor o seu ritmo de jogo, mas que na hora do cruzamento final, da assistência e da finalização tem pecado feio.

Os números do Footstats mostram que o time de Mano Menezes teve posse de bola muito superior aos adversários até aqui. Na estreia contra a Venezuela, o Brasil esteve com o domínio das ações em 68% do tempo. O índice contra o Paraguai caiu para 61%, marca ainda considerada muito alta.

Porém, a aproximação à área é falha. O que mais chama a atenção são os erros nos cruzamentos. O Brasil até o momento acertou apenas quatro de 27 tentativas no fundamento, sendo que contra os paraguaios todas foram erradas. A média de 14,8% só não foi pior nas duas primeiras rodadas do que a dos venezuelanos.

Contra o Paraguai, Neymar e Daniel Alves abusaram dos erros no fundamento, com quatro cada. Falho também na marcação pelo lado direito, o lateral do Barcelona saiu do time na parte final do treino da última segunda-feira e tem a vaga ameaçada por Maicon.

Pelo alto índice de posse de bola que possui, o Brasil tem números medíocres tanto em quantidade de chutes a gol como em porcentagem de acertos. Com 40 minutos e quarenta segundos com a bola nos pés, marca mais de dez minutos maior do que a segunda no quesito - a Argentina - nas duas primeiras rodadas, o Brasil só chutou 21 vezes ao gol, o sexto índice entre os 12 participantes.

A média de acerto é fraca (42,9%), com nove na direção ao alvo e 12 sem destino correto. Chama a atenção ainda que a maior estrela do Brasil no torneio, Neymar, não tenha acertado o pé em nenhuma das três tentativas de chute durante os dois jogos da competição.

Não à toa, o técnico Mano Menezes, desde a estreia contra a Venezuela, intensificou os treinamentos de finalização e cruzamentos na concentração brasileira no Hotel Sofitel La Reserva Cardales, a 60 quilômetros de Buenos Aires. O treinador espera que uma melhora possa acontecer já contra o Equador, nesta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), em Córdoba.

"Uma ideia clara nossa é de propor jogo. Tivemos quase 70% de posse no primeiro jogo, e 60% no segundo contra um adversário mais qualificado. Continuamos sólidos realmente. Precisamos desenvolver melhor para chegar com mais objetividade. As coisas estão melhorando. Prefiro a melhora mais lenta, mas sólida", disse Mano.

Chama a atenção ainda o número de bolas perdidas pela Seleção. São 138, contra 121 do segundo time mais "desatencioso" do torneio, a Venezuela. O número em parte é explicado pela alta porcentagem de posse brasileira, mas o ideal é uma maior atenção na hora de tentar o passe ou forçar um drible.

Veja números dos Brasil na Copa América (Fonte: Footstats)

Defesas: 2 (Júlio César é o goleiro que menos trabalhou)
Desarmes: 58 (2º melhor)
Cruzamentos: 4 certos e 23 errados (14,8%, o segundo pior índice)
Dribles: 54 completados em 75 tentados (melhor marca da competição)
Faltas: 40 cometidas e 42 faltas sofridas (segundo nos dois quesitos)
Finalizações: 9 certas e 12 erradas (6º time que mais chuta ao gol)
Lançamentos: 29 certos e 41 errados (índice de 41,4%, o terceiro melhor)
Passes: 1025 certos (91,5%). O maior número absoluto de passes do torneio, o segundo maior de acertos
Perdas de bola: 138 (A Venezuela é a segunda pior com 121)

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