Marin vai a reunião, mas não resolve imbróglio nas Séries C e D

O presidente da CBF, José Maria Marin, não conseguiu resolver o impasse que impede os inícios das Séries C e D.

Ontem, o dirigente participou pela primeira vez de uma tentativa de acordo com os clubes que foram à Justiça comum por vaga nas duas últimas divisões do Brasileiro.

	Felipe Dana - 11.mai.12/Associated Press
	José Maria Marin dá entrevista no Rio de Janeiro

O encontro, no Rio, teve representantes de Brasil de Pelotas-RS, Treze-PB, Rio Branco-AC e Araguaína-TO. Como não houve solução, nova reunião foi marcada para segunda, no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

O imbróglio começou quando o Rio Branco foi aos tribunais para poder jogar em seu estádio, o que fere as regras das Fifa, e foi excluído da Série C. Um acordo com a Justiça Desportiva e a CBF reverteu a decisão e manteve o clube na terceira divisão.

O Treze, quinto na Série D, vislumbrando a vaga do Rio Branco, conseguiu na Justiça de seu Estado que fosse incluído na Série C. Depois, o Araguaína, rebaixado, teve, da mesma forma, decisão favorável para ficar na Série C.

Numa outra ponta da confusão, o Brasil caiu para a Série D após perder seis pontos pela escalação irregular de um jogador, o que beneficiou o Santo André. Os gaúchos haviam obtido sucesso na Justiça. E o time paulista, então, conseguiu paralisar os campeonatos até a definição.

Ontem, a CBF derrubou a liminar que a obrigava a manter o Brasil na Série C.
Pela batalha jurídica, os clubes podem ser denunciados à Fifa e correr o risco de desfiliação da entidade.

Na reunião, Marin pediu às equipes que retirassem as ações. Apesar disso, o advogado do Brasil, André Araújo, negou que a CBF tenha ameaçado levar o caso à Fifa.

O time, segundo apurou a Folha, foi o mais reticente em aceitar o acordo. "Amanhã [hoje] haverá assembleia extraordinária no clube para decidir se vamos manter ou retirar o processo", disse Araújo. Na CBF, a próxima reunião é tida como definitiva.