Pelo menos dois diretores da CBF, das áreas financeira e jurídica, ganharam em 2012 cerca de R$ 1,4 milhão cada um. Foram 14 salários de aproximadamente R$ 100 mil. São R$ 800 mil a mais do que as federações receberam da confederação em média. A maioria das entidades embolsou R$ 600 mil no ano (R$ 50 mil mensais).
Esses dados alimentam cartolas dispostos a peitar José Maria Marin na assembleia geral da Confederação Brasileira marcada para esta terça. O argumento é de que as entidades não podem receber menos do que funcionários. Afinal de contas, argumenta a minoria descontente, quem sustenta politicamente o presidente são as federações, não seus diretores.
Américo Lobato Gonçalves, presidente da Federação do Maranhão, levanta a bandeira por rendimentos maiores para as entidades do que para os dirigentes. Era ele um dos mais inflamados nesta segunda, enquanto os dirigentes começavam a se reunir no Rio para a assembleia.
Um jantar no restaurante Duo, com a presença da cúpula da entidade estava marcado para servir de termômetro para a reunião. Se for mantida a rotina, algumas reivindicações serão atendidas pela CBF e as contas de 2012 serão aprovadas na assembleia. A reprovação seria uma surpresa e um baque significativo para o já combalido Marin.
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