Ganso rejeita nova oferta e arma contraproposta para renovar com o Santos

Novamente, Paulo Henrique Ganso disse “não” ao Santos. O meia, seus familiares, e representantes, desgostaram de alguns aspectos da última oferta santista discutida e elaboram modificações nas condições para apresentar aos dirigentes na próxima segunda-feira.

“São alguns pontos que ainda precisam ser discutidos. À princípio, temos um novo encontro marcado para segunda-feira, e esperamos fechar o novo contrato. É uma contraproposta do Ganso”, disse Thiago Ferro, diretor do Grupo DIS, empresa detentora de 45% dos direitos econômicos de Ganso, e que agencia a carreira do meia, em entrevista ao UOL Esporte.

Ferro não quis especificar os aspectos divergentes, para segundo ele, não atrapalhar no andamento das negociações. No entanto, os dirigentes do Santos falam abertamente de que o grande entrave é o fato de os empresários desejarem uma diminuição considerável no valor da multa rescisória contratual para o exterior, atualmente estipulada em 50 milhões de euros (aproximadamente R$ 117). Já o alvinegro visa uma acréscimo no valor.

A decisão do DIS deixa indícios de que Ganso trabalha com uma transferência para o exterior em curto prazo. O Santos promete segurar até, no mínimo, o fim de 2012 caso haja a renovação contratual.

O imbróglio entre Ganso e Santos já é antigo. Ele começou no dia seguinte a séria lesão ligamentar no joelho esquerdo do jogador, sofrida no dia 25 de agosto. Essa foi a data que o alvinegro apresentou um projeto de carreira, semelhante ao responsável por manter Neymar no clube, aos representantes e familiares do meia. A proposta foi prontamente recusada.

A intenção inicial do Santos era elevar o salário do jogador, que atualmente é de cerca de R$ 130 mil, adquirir o agenciamento da carreira do atleta, e dividir o lucro das ações de marketing.

Após a negativa de Ganso, o Santos se calou, e não voltou a apresentar uma proposta de renovação ao jogador. Isso só aconteceu no fim de fevereiro, às vésperas do retorno do meia, mas foi novamente recusada. Desta vez, a oferta é simples: aumento significativo no salário, e acréscimo no valor da multa rescisória para o exterior.