Ministro põe São Paulo como candidata mais atrasada na briga para abrir Copa-2014

O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., mais uma vez atacou a preparação de São Paulo para a Copa do Mundo de 2014, especialmente no que se refere ao estádio. Antes da final da Superliga masculina de vôlei, em Belo Horizonte, o político repetiu as críticas à lentidão do Corinthians e foi duro na comparação com outras cidades candidatas à abertura da competição.

“Das quatro, três estão em um bom ritmo. A Fifa já tem boas referencias para escolher”, disse Orlando Silva Jr., referindo-se a Belo Horizonte, Salvador e Brasília, que ao lado de São Paulo, pleiteiam o jogo inaugural. O político, no entanto, se eximiu de responsabilidade na decisão. "Quem decide o estádio é a Fifa, é assunto dela”, ponderou.

O grande problema de São Paulo é a demora no início das obras do estádio do Corinthians, que será construído em Itaquera, na capital paulista. Com diversos problemas, que envolvem desde uma pendência com o Ministério Público à presença de oleodutos da Petrobras no subsolo do terreno, o clube já admitiu que o Fielzão não deve ficar pronto antes da Copa das Confederações de 2013.

“As obras ficariam prontas em meados de 2013. Então o não comprimento disso é importante. Espero que possam reverter essa tendência de ficarem fora da Copa das Confederações”, disse Orlando Silva, que disse que foi comunicado do novo prazo pelas autoridades paulistas.

O ministro voltou a defender a organização do Mundial, concentrando a pressão sobre São Paulo. "A questão que fica é São Paulo. Em conversa com o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab cobramos de a cidade andar mais rápido para a definição do modelo do estádio”, concluiu.

O ministro garantiu que 70% das obras relativas à Copa do Mundo começam ainda este ano, considerado decisivo para o Governo Federal. Há algumas semanas, até o presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez críticas duras à demora do Brasil, rebatidas pela CBF. A preocupação já deixou até Dilma Rousseff em alerta.

A presidente convocou uma rodada de reuniões com cada umas das cidades-sede em seu gabinete. Os encontros acontecerão nas próximas semanas, e a expectativa do Ministério do Esporte é que Dilma pressione pessoalmente as autoridades locais.