Palmeiras supera 'novela Kleber', faz 3 a 0 no Santos e amplia tabu contra rival

Parece que o equilíbrio não quis dar as caras em mais um clássico paulista do Campeonato Brasileiro. Duas semanas após o Corinthians aplicar 5 a 0 no São Paulo no Pacaembu, neste domingo foi o Palmeiras que fez estrago contra o Santos, e no mesmo estádio. Os comandados do técnico Luiz Felipe Scolari ignoraram a crise fora de campo instaurada pela ‘novela Kleber’, aproveitaram que o time alvinegro estava repleto de desfalques e fizeram 3 a 0, conseguindo o resultado ainda no primeiro tempo de jogo e com direito a um gol do ex-santista Maikon Leite.

A vitória ampliou de seis para sete jogos o tabu palmeirense pra cima do Santos que já vem desde 2008 e fez o Palmeiras subir uma posição na tabela do Brasileirão, chegando ao quarto lugar com 18 pontos. Já o Santos despencou mais duas colocações, foi parar no 16º lugar com oito pontos e começou a flertar com a zona de rebaixamento.

Desfalque por desfalque, a equipe do litoral veio bem mais remendada para o Pacaembu, sem Elano, Ganso, Neymar e Alex Santos, todos na seleção brasileira (principal ou sub-20), sem Adriano, lesionado, e sem Jonathan, que deve se transferir para a Inter de Milão. O Palmeiras não pôde contar com Thiago Heleno, suspenso, Valdivia, na seleção chilena, e Kleber, que está em atrito com a diretoria e com a comissão técnica. No entanto, o fato de o ‘Gladiador’ sequer ter concentrado com o time, mesmo relacionado, poderia mexer com os ânimos dos jogadores. Não foi o que se viu.

Após um início de jogo bem movimentado e de marcação forte no meio-campo, em que o Santos saía para o jogo com Arouca e Borges, logo o Palmeiras tomou conta da partida. Patrik e Dinei, escalados por Felipão para as vagas de Lincoln (cortado) e Wellington Paulista (reserva), deram mais agilidade ao time alviverde. Enquanto isso, pelos lados, Cicinho e Maikon Leite, na direita, e Luan, na esquerda, aceleravam bastante o jogo palmeirense. Não demorou, assim, para que o primeiro gol saísse.

Após boa jogada de Luan, a bola sobrou para Maikon Leite, que cortou um zagueiro, driblou o goleiro Rafael e abriu o placar aos 20min. Conforme tinha prometido no meio da semana, o ex-santista, que está no novo time há apenas duas semanas, não comemorou o tento.

O primeiro gol deu ainda mais empolgação ao Palmeiras e causou um apagão no Santos. As poucas e boas chances de gol criadas pelo time alvinegro no início da partida ficaram no passado, e o time começou a ser massacrado até que os mandantes ampliaram a diferença no marcador em um cabeceio de Maurício Ramos após cobrança de escanteio de Marcos Assunção. O zagueiro balançou as redes pela segunda partida consecutiva.

Com menos de 30 minutos, o Palmeiras já parecia ter liquidado o jogo. Pelo lado santista, Diogo mostrava toda a falta de ritmo resultante de três meses parado e não criava nada, mesmo sendo o armador do time nesta noite. A equipe alviverde sobrava em campo, dava-se ao luxo de perder chances claras de gol, e conseguiu sacramentar a vitória aos 44min em um golaço de Patrik.

Para o segundo tempo, o técnico Muricy Ramalho até tentou mexer no time, fez uma alteração no intervalo e outra antes dos 15min, mas Felipe Anderson e Roger pouco acrescentaram ao que Richelly e Diogo já haviam feito. Felipão lançou Tinga ao jogo e tirou Maikon Leite, que foi aplaudidíssimo e teve seu nome mais uma vez gritado pela torcida, aparentemente esquecida de Kleber.

O ritmo da partida diminuiu consideravelmente, o Palmeiras começou a dar mais espaço ao Santos, e a grande chance da etapa final foi um chute forte de Borges espalmado por Marcos. O placar não mudou, e o tabu palmeirense pra cima do Santos aumentou para sete partidas.