Presidente da Ferrari pede mudanças e ameaça: 'Sem Ferrari não há F-1'

7.11.11 | Marcadores:
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O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, afirmou que a presença da tradicional escuderia italiana na Fórmula 1 em um futuro breve depende de algumas mudança de regras por parte da categoria. O dirigente reclamou de itens do regulamento técnico, das limitações de testes e voltou a sugerir a presença de um terceiro carro para as equipes.

- Fórmula 1 ainda é nossa vida, mas sem Ferrari não há Fórmula 1, assim como sem Fórmula 1 a Ferrari seria diferente. Se a Fórmula 1 ainda quer a Ferrari, deve mudar. Não estamos na F-1 como patrocinadores, somos construtores - ameaçou.

A história da Fórmula 1 e da Ferrari se misturam. A equipe está na categoria desde a primeira temporada da história, em 1950, sendo a maior campeã , com 15 títulos de pilotos e 16 de construtores. Entretanto, insatisfeito com as mudanças recentes, Montezemolo colocou em xeque a continuidade dessa parceria no futuro.

- Há algumas condições para continuarmos com nosso trabalho. Nós corremos não só pela publicidade que nos traz, mas acima de tudo para realizar pesquisas avançadas para todos os aspectos de nossos carros de estrada: motor, chassis, componentes mecânicos, eletrônicos e aerodinâmicos. O que não é legal é que 90% da performance do carro é hoje baseada exclusivamente na aerodinâmica.

Mais testes e três carros por equipe

Montezemolo reclamou também da limitação de testes no ano imposta pela FIA, o que prejudica o desenvolvimento e a preparação de novos pilotos.

- Outro aspecto negativo é que somos o único esporte onde o teste não é permitido. Nós construímos carros, não helicópteros, mísseis ou aviões. Claro que não podemos nos exceder, mas também não podemos deixar de oferecer oportunidades para jovens que trazemos na Academia de Pilotos da Ferrari.

O presidente também voltou a citar um ponto que tem defendido nos últimos anos: a presença de um terceiro carro por equipe. Para Montezemolo, a Fórmula 1 seria mais atraente se houvesse mais carros competitivos e aproveitou para criticar a abertura de vagas para equipes pequenas que não conseguem desenvolver carros tão velozes.

- Há a questão do terceiro carro. Nós defendemos não pelo nosso interesse, mas pelo esporte. Nós acreditamos que seria mais interessante para fãs, mídia e patrocinadores se houvesse um maior número de carros competitivos na pista em vez de carros que andam dois ou três segundos atrás, virando retardatários em poucas voltas. Seria bom ver um de nossos carros com cores norte-americanas, chinesas ou essas de Abu Dhabi - completou, referindo-se à possibilidade de a Ferrari servir carros a uma equipe-satélite.

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