Saída de Ricardo Teixeira gera guerra por poder e incerteza no COL

Desde que Ricardo Teixeira saiu da CBF e do COL, o Comitê Organizador Local da Copa de 2014 vive uma guerra por poder que gera incertezas na entidade. Com as recentes modificações na entidade, as batalhas aumentaram. Isso enquanto atrasos nas obras ameaçam o sucesso do Mundial.

Sem Teixeira, Joana Havelange, sua filha, e Ricardo Trade, executivo do órgão, passaram a se entender menos do que antes. Aos olhos dos outros integrantes, ambos disputam quem dá as ordens.

A temperatura subiu ainda mais com a entrada de Marco Polo Del Nero, como homem da Fifa, e de Luís Fernandes, representante do Ministério do Esporte. Quem já estava no COL dispara na direção dos dois alegando que estatutariamente não têm poder para tomar decisões. Seriam meros observadores.

Já em Brasília o discurso é o de que Fernandes fará valer os interesses de quem paga a maior parte da conta, o Governo Federal, isso apesar de o COL ser um órgão privado.

E Del Nero é visto por amigos de Teixeira como um homem mais afinado com o ex-presidente do que com a Fifa. Sem alarde, defenderia os interesses do ex-dirigente.

Porém, cartolas que conhecem Del Nero de longa data, asseguram que o seu estilo é de aos poucos dominar a situação e agir pela própria cabeça.

Em meio ao clima belicoso, Rodrigo Paiva, diretor de comunicação, está de saída do COL, como mostrou o blog nesta quarta. Segundo ele, algo previsto. O acúmulo de trabalho no comitê atrapalharia suas funções como assessor de imprensa da CBF.

É a saída de um homem de confiança de Ricardo Teixeira, que fica fora do tiroteio estabelecido no COL. Enfim, o terreno é movediço demais para um grupo que precisa dar passos firmes para não deixar a Copa afundar.