BALANÇA MAS NÃO CAI

A quarta derrota do América seguida no Machadão, desta vez para o Fluminense, no último domingo, ainda não foi suficiente para decretar a saída do treinador Lori Sandri. Mesmo sob forte protesto da torcida, o treinador continua prestigiado pela diretoria americana, que considerou a pressão normal e só vai tomar providências após o jogo contra o Goiás, no próximo sábado, em Natal.‘‘A pressão da torcida é normal, o treinador não tem prazo determinado para sair, estamos avaliando o plantel e estudando algumas providências’’, resumiu o vice-presidente de futebol Ricardo Bezerra, que não entrou em maiores detalhes sobre as provaveis mudanças. O mistério que cerca a permanência de Lori também não foi revelado, apenas o milésimo pedido de ‘‘paciência’’.Ocupando a lanterna do Brasileirão há seis rodadas, com quatro pontos somados em sete jogos, o América mais uma vez não conseguiu fazer o dever de casa.O jogo mal havia começado, quando um balde de água fria foi jogado sobre a torcida americana. No primeiro lance de ataque, os cariocas avançaram pela direita, Arouca cruzou para área e Adriano Magrão converteu no primeiro giro do relógio, marcando o único gol da partidaO alvirrubro tentou dar a resposta com Adriano Peixe, obrigando Fernando Henrique a fazer grande defesa. Cinco minutos depois, um lance polêmico. Paulo Isidoro recebeu na área, driblou Romeu e caiu. A torcida pediu pênalti, mas o árbitro mineiro mandou seguir. Aos 26, o América escapou de levar o segundo gol. Alex Dias foi lançado, driblou Renê, mas na hora da conclusão, Márcio Santos, salvou com a ponta da chuteira. O susto desestruturou de vez o time da casa, que não parava de errar passes. O volante Rafael Muçamba atrapalhava constantemente as jogadas e Renê passou a ser o nome do jogo, salvando os contra-ataques tricolor. O rubro só voltou a ter um lampejo aos 39 minutos, quando Luciano Dias chutou forte para Fernando Henrique defender com os pés. O Flu ainda teve outra grande chance de ampliar. Adriano Magrão driblou Rafael Muçamba e Marcos Alexandre salvou em cima da linha.Ao contrário dos últimos jogos, o técnico Lori Sandri voltou com duas mudanças e mudou o esquema tático. No 4-4-2, Arlon entrou no lugar de Marcos Alexandre e Marquinhos fez sua estréia com a camisa rubra, saindo Muçamba. No entanto, foi do Fluminense a primeira chegada com perigo. Arouca desceu pela direita e obrigou Renê a praticar mais uma defesa espetacular. A melhor chance do América veio numa cabeçada despretenciosa de Marcio Santos, quando a bola pegou no ferro de sustentação da rede e depois uma cobrança de falta, batida por Leandro Sena.Faltando 15 minutos para o fim, o América ainda sofreu mais uma perda por expulsão, a sétima do clube em sete jogos. O zagueiro Odirlei acertou uma cotovelada em Rodrigo Tiuí e foi mais cedo para o chuveiro. Com um a mais, o time carioca ainda teve duas oportunidades de marcar, mas esbarrou na grande atuação de Renê.No apito final do árbitro mineiro, a torcida americana voltou a pedir a cabeça do técnico Lori Sandri. Atrás do banco americano, a torcida gritava “ei, Lori, pede para sair” e Oh, Oh, queremos jogador”. O time também não foi poupado e o eco que saía das arquibancadas era “vergonha, time, sem vergonha”. A próxima partida do América será contra o Goiás no Machadão, sábado.

FONTE: DN ONLINE