Cidades têm planos, mas não orçamento para a Copa

31.10.07 | Marcadores:
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No dossiê de candidatura brasileiro à Copa-2014, não faltam idéias dos governos dos Estados para melhorar a infra-estrutura de suas cidades para receber o evento. Falta informar quanto cada uma das propostas vai custar aos cofres públicos.

"Apenas umas poucas cidades-sedes deram informação sobre a quantidade de dinheiro público para ser alocado para a investimentos em infra-estrutura", conta o relatório de inspetores da Fifa.

Não é um gasto pequeno. Estudo da Fifa, após o Mundial da Alemanha, estimou que o evento custou entre 8 bilhões de euros (R$ 22,2 bilhões) e 27,8 bilhões de euros. Mais da metade desse valor, em torno de 4,5 bilhões de euros (R$ 12,5 bilhões), foram com transporte, incluindo ferrovias, rodovias e aeroportos. Há outros gastos --como hotelaria e centro de imprensa-- que elevam mais a fatia da infra-estrutura no orçamento alemão.

Até agora, o governo brasileiro já acenou que ainda é cedo para estimar seus gastos no Mundial. O ministro do Esporte, Orlando Silva, limita-se a dizer que vai fiscalizar os recursos públicos para evitar estouro do orçamento público como no Pan 2007, quando o valor foi multiplicado por oito.

"Não dá para dizer [o custo]. Seria mero chute", contou César Febba, da Agência Goiana de Esporte. "Os investimentos já previstos para a cidade seriam suficientes. Mas claro que vamos fazer mais."

Goiânia prevê um aeroporto novo, aumento do número de hotéis e investimento em sistema de segurança, com helicópteros. A intenção de aumentar o aeroporto é comum a todas as cidades.

Até porque, a Fifa prevê que o transporte aéreo será a principal forma de deslocamento dos torcedores pelo país. Prevê até deslocamentos em massa.

O BNDES pode ser um dos financiadores de projetos de transporte, como deixou claro o presidente do banco Luciano Coutinho, que até admite analisar propostas em relação a investir em estádios também.

O único investimento em ferrovia previsto é o trem-bala entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Mas, dentro dos limites urbanos, há diversas cidades que apostam na expansão de suas redes de metrô, debaixo da terra ou na superfície.

É o caso de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Campo Grande e Fortaleza, entre outros. "Só vamos antecipar o que já estava previsto", contou o secretário de Esporte do Ceará, Ferrucio Feitosa, que quer o metrô para 2010, quatro antes do previsto inicialmente.

Sua cidade ainda espera em um investimento em um hotel flutuante para 2014. Assim como Manaus aposta em seus hotéis na selva. A Fifa apontou quatro cidades com hotelaria insuficiente, sem informar quais delas estavam na lista.

O investimento cantados pelos Estados confundem-se com os previstos no PAC, incluindo medidas para o transporte e a segurança. "Há R$ 900 milhões previstos para obras no Estado pelo PAC", disse a secretária de Esportes do Pará, Maria Lucia de Macedo.

Na segurança, a Fifa cita o PAC do governo para a área, com total de US$ 3,3 bilhões (R$ 5,8 bilhões).

Mas, como orçamento para obras da Copa, o governo do Mato Grosso, entre os ouvidos pela reportagem, foi o único que deu estimativa: R$ 650 milhões.

Cidades como Curitiba e Brasília dizem que já têm estrutura suficiente para ter o Mundial. Mas a capital também deve investir para buscar o centro de mídia da Copa.

FONTE: FOLHA ONLINE

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