Roberto Dinamite vive um inferno astral. As horas de sono diminuíram nos últimos dias, e as preocupações aumentaram consideravelmente. O maior ídolo da história do Vasco não quer ver o time do seu coração rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro, ainda meses depois de ele assumir a presidência do clube. Nem nos seus piores sonhos imaginou passar por isso. Virou, então, obsessão livrar o time do descenso.
"Nunca sofri tanto no futebol", declarou Dinamite, que preside o Vasco há três meses, se queixa da herança maldita, e diz que não se arrepende de nada. "Os salários estão em dia. Peguei um clube com a receita já comprometida", alegou. Sua maior angústia é não poder mais ajudar o Vasco em campo.
Assistir aos jogos da Tribuna de Honra tem sido sinônimo de desânimo e dor de cabeça. Sua vontade é de trocar a roupa social pelo uniforme do clube e encher os rivais de gols. Depender dos outros o incomoda bastante. "Mas não posso pôr a faca no pescoço de ninguém."
Embora o Vasco seja o lanterna do Brasileirão, Dinamite não perde a esperança. Aposta que o time vai reagir na reta final da competição. A começar pelo duelo de amanhã, contra o Goiás, no Serra Dourada. "Dá para se safar. A equipe é limitada, mas tem condições de melhorar."
Motivação é a palavra da moda em São Januário. A ordem é evitar discurso derrotista. O semblante abatido do técnico Renato Gaúcho, contudo, contrasta com o otimismo de suas previsões. Pelo menos da boca para fora, ele ainda não jogou a toalha e confia que o time dará a volta por cima. A qualquer custo. "Eu acredito. Em breve, a sorte estará do nosso lado e vamos sair dessa."
Renato Gaúcho abre mão até de incentivo financeiro para livrar o Vasco do rebaixamento. E garante que os jogadores também vão agir assim. "Não serão R$ 50 milhões ou R$ 50 mil que vão fazer eles correrem mais. Eles têm caráter e já são pagos para isso."
Se as opções no elenco são reduzidas e de qualidade duvidosa, o incentivo da torcida é visto como um reforço de peso. Apelo não falta para ela não abandonar o time nos oito jogos que restam. "O vascaíno tem que sair de casa e nos apoiar, como vem fazendo", disse o treinador. "Enquanto essa união existir, tenho a certeza que o Vasco vai arrancar."
tribunadaimprensA
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