As recentes brigas entre torcidas organizadas vêm preocupando a Comissão de Combate e Prevenção à violência nos estádios. Criada há mais de um ano, o grupo se reuniu na última segunda-feira, dia 24 de novembro, no Rio de Janeiro, para tratar deste problema. A reunião foi composta por membros do Ministério Público, Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ministérios dos Esportes e Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Entre os assuntos, o mais comentado foi a legalização das torcidas organizadas.
Segundo José Antonio Baeta, coordenador da Comissão, o objetivo é de cadastrar as torcidas, para que elas possam ser responsabilizadas por desordens dentro dos estádios. “Está sendo desenvolvido um sistema para que elas possam entrar no estádio com os seus apetrechos. Mas para isso, elas precisam se adequar e estarem legalizadas” comentou Baeta, em entrevista ao site Justicadesportiva.com.br.
Com cadastramento, será possível identificar os torcedores e responsabilizar também as torcidas que ficam impunes de seus atos. “Com esse projeto, quem não estiver legalizado, poderá ser impedido de freqüentar o estádio. Além disso, uma vez que aconteçam atos de violência ou desordens generalizadas, as torcidas também poderão ser punidas, o que ainda não é possível”, afirmou.
Entre os recentes casos do Campeonato Brasileiro, os mais polêmicos foram em Porto Alegre e Goiás. No Rio Grande do Sul, torcedores do Grêmio brigaram do lado de fora do Estádio Olímpico, após o jogo entre o Tricolor e Coritiba.
Já em Goiânia, torcedores do Esmeraldino e Cruzeiro brigaram durante o jogo entre as duas equipes. Pelos fatos ocorridos, o Goiás teve que pagar multa de R$50mil além de perder o mando de campo por três jogos. A decisão ainda não é definitiva, pois depende do julgamento de Recurso no STJD.
Estes fatos serviram de alerta para os membros da reunião: “Nós devemos ficar atentos, pois a maioria dos torcedores vai para assistir aos jogos, mas, infelizmente, há uma minoria que vai aos estádios para fazer confusões e brigas generalizadas” lamentou José Antonio Baeta.
Segurança nas mãos dos engenheiros
Além das desordens provocadas pela torcida, outro tema discutido na reunião foram os laudos de inspeção dos estádios. Atualmente, apenas três são utilizados, enquanto que são exigidos quatro pelas entidades internacionais. A principal mudança é a inclusão do laudo de engenharia para se medir a real capacidade dos estádios. Os outros documentos exigidos são do Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e Polícia Militar.
uol
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