Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo disputam, na última rodada do Campeonato Brasileiro, as duas vagas que restam para representar o futebol pentacampeão mundial na Copa Libertadores da América de 2009. Mais do que o status de participar do principal torneio do continente, estará em jogo um reforço financeiro e uma maior visibilidade para a próxima temporada.
Paulistas e mineiros saem na frente e dependem apenas de suas forças para se classificar - precisam vencer seus jogos em casa contra Botafogo e Portuguesa, respectivamente. Já o time carioca tem que ganhar fora de casa do Atlético-PR e torcer contra os concorrentes.
A ausência na Libertadores mexe com os bolsos e restringe investimentos. A LDU, equipe campeã em 2008, faturou perto de US$ 7 milhões entre prêmios e cotas de TV, sem falar em arrecadação de bilheteria. Agora, com o dólar valorizado, a recompensa é mais atraente. Em 2005, o campeão São Paulo acumulou cerca de R$ 27 milhões no total - contabilizando as arrecadações das sete partidas que jogou em casa.
"O Cruzeiro deve ter ganho um milhão de dólares, mais ou menos [com a participação até as oitavas-de-final da Libertadores de 2008]", estimou o diretor de futebol celeste, Eduardo Maluf. "Acho que aumenta a visibilidade. Você passa a ter sua marca reconhecida internacionalmente e não deixa de melhorar o patrocínio. Valoriza elenco, jogadores e aumenta a receita."
"Pelos investimentos feitos [neste ano], tínhamos que conseguir ao menos uma vaga na Libertadores. Mas falar em obrigação é algo muito forte, porque futebol não é um esporte no qual se possa fazer este tipo de projeção. Mas é claro que o plano é estar na Libertadores, até porque é um fator fundamental no lado financeiro", opinou o vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite.
No Palmeiras o discurso é o mesmo, e os cartolas aguardam que a participação no torneio internacional seja confirmada para projetar o elenco e fechar o novo contrato de patrocínio com a Fiat. "Vivemos um momento cauteloso para o planejamento. Com a Libertadores você tem mais receita com bilheteria e cotas de TV. O patrocinador aguarda porque sabe que terá mais exibição. Por isso esperamos o final do campeonato para resolver pendências", observou o gerente de futebol alviverde, Toninho Cecílio.
O futuro da comissão técnica das três equipes também está indefinido. Flamengo e Cruzeiro não confirmam as permanências de Caio Júnior e Adilson Batista. No Palmeiras, oficialmente a diretoria banca o trabalho de Vanderlei Luxemburgo. Porém, se o time fracassar na última rodada do Brasileiro, a situação pode ficar insustentável pela pressão do Conselho Deliberativo e o alto salário pago ao treinador - mais de R$ 500 mil mensais.
A formação dos elencos para 2009 também está vinculada à Libertadores. No Palmeiras, por exemplo, a renovação de contrato de alguns jogadores pode ser facilitada com a vaga no torneio, casos de Martinez e Kléber. "Não digo que a chance de eu ficar é nula se nosso time não classificar [para Libertadores]. Mas ajuda, porque a visibilidade é maior, entra mais dinheiro, investimento...", apontou Kléber. Seu empresário aposta que o Dynamo de Kiev, clube que detém os direitos econômicos do atleta, pode conceder um novo empréstimo caso o time paulista jogue o certame continental.
"É um prejuízo para todo mundo, prejuízo financeiro, prejuízo de todas as formas, não só pelo fato de ficar fora, mas pelo o que apresentamos em toda a competição", comentou o atacante cruzeirense Guilherme.
"Todos os jogadores pensam em atuar bem nas últimas partidas da temporada para provar o seu valor. Depois a diretoria tomará a melhor decisão", finalizou o zagueiro flamenguista Fábio Luciano.
uol
A ausência na Libertadores mexe com os bolsos e restringe investimentos. A LDU, equipe campeã em 2008, faturou perto de US$ 7 milhões entre prêmios e cotas de TV, sem falar em arrecadação de bilheteria. Agora, com o dólar valorizado, a recompensa é mais atraente. Em 2005, o campeão São Paulo acumulou cerca de R$ 27 milhões no total - contabilizando as arrecadações das sete partidas que jogou em casa.
"O Cruzeiro deve ter ganho um milhão de dólares, mais ou menos [com a participação até as oitavas-de-final da Libertadores de 2008]", estimou o diretor de futebol celeste, Eduardo Maluf. "Acho que aumenta a visibilidade. Você passa a ter sua marca reconhecida internacionalmente e não deixa de melhorar o patrocínio. Valoriza elenco, jogadores e aumenta a receita."
"Pelos investimentos feitos [neste ano], tínhamos que conseguir ao menos uma vaga na Libertadores. Mas falar em obrigação é algo muito forte, porque futebol não é um esporte no qual se possa fazer este tipo de projeção. Mas é claro que o plano é estar na Libertadores, até porque é um fator fundamental no lado financeiro", opinou o vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite.
No Palmeiras o discurso é o mesmo, e os cartolas aguardam que a participação no torneio internacional seja confirmada para projetar o elenco e fechar o novo contrato de patrocínio com a Fiat. "Vivemos um momento cauteloso para o planejamento. Com a Libertadores você tem mais receita com bilheteria e cotas de TV. O patrocinador aguarda porque sabe que terá mais exibição. Por isso esperamos o final do campeonato para resolver pendências", observou o gerente de futebol alviverde, Toninho Cecílio.
O futuro da comissão técnica das três equipes também está indefinido. Flamengo e Cruzeiro não confirmam as permanências de Caio Júnior e Adilson Batista. No Palmeiras, oficialmente a diretoria banca o trabalho de Vanderlei Luxemburgo. Porém, se o time fracassar na última rodada do Brasileiro, a situação pode ficar insustentável pela pressão do Conselho Deliberativo e o alto salário pago ao treinador - mais de R$ 500 mil mensais.
A formação dos elencos para 2009 também está vinculada à Libertadores. No Palmeiras, por exemplo, a renovação de contrato de alguns jogadores pode ser facilitada com a vaga no torneio, casos de Martinez e Kléber. "Não digo que a chance de eu ficar é nula se nosso time não classificar [para Libertadores]. Mas ajuda, porque a visibilidade é maior, entra mais dinheiro, investimento...", apontou Kléber. Seu empresário aposta que o Dynamo de Kiev, clube que detém os direitos econômicos do atleta, pode conceder um novo empréstimo caso o time paulista jogue o certame continental.
"É um prejuízo para todo mundo, prejuízo financeiro, prejuízo de todas as formas, não só pelo fato de ficar fora, mas pelo o que apresentamos em toda a competição", comentou o atacante cruzeirense Guilherme.
"Todos os jogadores pensam em atuar bem nas últimas partidas da temporada para provar o seu valor. Depois a diretoria tomará a melhor decisão", finalizou o zagueiro flamenguista Fábio Luciano.
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