CBF fatura mais de R$ 30 milhões com eliminatórias

14.10.09 | Marcadores:
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A seleção brasileira se despede hoje, às 19h (de Brasília), contra a Venezuela, por pelo menos seis anos de uma competição em que acumula lucro dentro e fora de campo.

Antes um sufoco esportivo e pouco rentável para o cofre da CBF, as eliminatórias sul-americanas estão cada vez mais fáceis e milionárias.

Uma vitória hoje, a não ser que o Paraguai vença a Colômbia e desconte 12 gols no saldo, dará ao Brasil o bicampeonato simbólico da competição, na qual se classificou para a Copa africana a três rodadas do final.

Em pouco mais de dois anos do classificatório para 2010, Dunga teve mais de 40 dias para treinar o time durante as datas reservadas para as eliminatórias, muito mais do que em amistosos, quando tem só um dia para preparar a equipe.

"Eliminatória é uma boa escola, é um bom teste. Por outro lado, quem treinar a seleção para a Copa de 2014 [quando o Brasil, por ser sede, estará dispensado do classificatório] não vai ter o mesmo estresse e terá a oportunidade de fazer bons amistosos, contra grandes seleções", diz o treinador a respeito do torneio sul-americano, que também é tido pelos jogadores como um resgate da confiança dos torcedores. "Depois de um começo difícil, trouxemos o torcedor para o nosso lado", afirma o lateral Maicon.

Mas é no caixa da CBF que as eliminatórias não são o incômodo que muita gente, inclusiva na confederação, diz ser.

Com uma política de ingressos caros, os oito jogos que a seleção fez em casa somaram renda bruta de R$ 29,3 milhões, ou R$ 3,7 milhões por partida (mais de dez vezes superior à média do Brasileiro de 2009).

Tirando despesas e impostos, a CBF embolsou nessas partidas R$ 20,7 milhões, ou mais do que lhe rendem alguns de seus melhores contratos de patrocínio --a AmBev, por exemplo, paga hoje cerca de R$ 17 milhões por ano à entidade.

As partidas em casa são ainda a chance de a confederação fazer média com patrocinadores e aliados políticos --hoje, em Campo Grande, quem capitaliza a partida é o senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Nesses jogos, são montados grandes camarotes pelos parceiros da CBF, que cede milhares de ingressos como "cortesia" para os patrocinadores.

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