Joel diz que falta camisa à Espanha, mas alerta para a Sérvia na Copa

Mais habituado ao futebol carioca, por ter história com os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, Joel Santana também tem sido procurado como uma referência internacional. Afinal, chegou à quarta colocação da Copa das Confederações no comando da seleção da África do Sul. E, na onda dos palpites para a Copa do Mundo, o “Rei da Prancheta” inovou.

Em uma entrevista de duas páginas para o jornal O Globo, Joel desabafou sobre sua saída do Flamengo e da África do Sul. Perguntado sobre a Copa, admitiu que espera vê-la em casa. E, antes de mais nada, deixou claro que aposta na seleção brasileira.

Sobre as equipes concorrentes, Joel fugiu da moda de bajulação à Fúria: “A Espanha vem muito bem, mas não tem camisa”. E alertou para um time que, pelo menos no papel, não chega a assustar os favoritos: “Uma seleção que vi jogar e acho que pode surpreender é a Sérvia”.

“A Alemanha tem prestígio. A Itália é sonsa: entra mal e vai bem. A Inglaterra tem um trabalho de quatro anos, mas não está lá tão bem. A França caiu muito, a Argentina é a Argentina”, completou o ex-técnico da África do Sul, admitindo um mau sentimento com a sua saída do time anfitrião da Copa.

“Fiquei aborrecido, porque, se eu soubesse o que ia acontecer, não sairia do Flamengo”, revelou o técnico, lembrando das circunstâncias de sua saída do time carioca, logo após a derrota para o América do México no Maracanã que eliminou o clube da Libertadores de 2008.

“Perdi o foco, perdi aquele jogo maldito contra aquele time ridículo, do gordinho”, disparou Joel, referindo-se ao atacante paraguaio Salvador Cabañas, carrasco do Flamengo naquela noite.

Voltando à sua situação na África do Sul, ele afirmou ter saído devido a uma mudança de dirigentes e elogiou a contratação de Carlos Alberto Parreira: “Seria uma burrice se eles mudassem todo o projeto a dez meses da Copa. A volta do Parreira foi uma continuidade”, explicou Joel.